Economia
Alta do d�lar eleva custos com sa�de

A alta do dólar terá influência direta nas despesas familiares com médicos e tratamentos - profissionais da medicina afirmam não estar mais suportando a pressão da moeda americana e o repasse de custos já está acontecendo. Com grande demanda por produtos importados, o setor começa a seguir a tendência de reajuste de preços. Em julho, os serviços médicos sofreram alta de 0,82%, de acordo com a inflação medida pelo ICVM. A pressão mais forte deve ser sentida nos custos de diagnósticos por imagem, serviços hospitalares e odontologia. Além de serem obrigados a comprar insumos importados, muitos hospitais e clínicas têm dívidas em moeda estrangeira por conta da aquisição de aparelhagem. Quem não se protegeu terá problemas, afirma Arlindo de Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina em Grupo. A entidade representa empresas que oferecem planos de saúde e são proprietárias de 250 hospitais no País. Dentro deste cenário, os clientes dos convênios médicos são os mais protegidos e pelo menos momentaneamente não devem arcar com aumentos balizados pelo dólar. O freio é imposto pela regulamentação do setor, que tem reajustes anuais e supervisionados pelo governo. Se as taxas mantiverem a tradição de seguir o aumento de maio, a anuidade deve ter acréscimo de 7,69%. O valor desagrada o setor porque é equivalente à inflação medida no período e praticamente despreza a disparada da moeda norte-americana. Em época de eleições, duvido que o governo tenha a sensibilidade de corrigir essa distorção, reclama Almeida.