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Tecnologias sociais fortalecem projetos

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Costa do Sauípe, BA ? As tecnologias sociais, que compreendem produtos e técnicas simples de desenvolvimento sustentável, com metodologias reaplicáveis, interação da comunidade e cuidados com o meio ambiente, começam a ganhar espaço, projetadas em ações de transformação social, em diversas áreas do território brasileiro, inclusive em Alagoas. Em 2009, foram muitos os editais de instituições em todo o País, entre elas Sebrae, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Fundação Banco do Brasil (FBB), para a seleção e implantação de projetos com esse conceito. No início desta semana, o assunto entrou na pauta de cerca de 100 comunicadores sociais do Nordeste, que participaram de um encontro realizado pela Fundação Banco do Brasil, na Costa do Sauípe, Estado da Bahia. Projeto alia saber popular a conhecimento científico Costa do Sauípe, BA ? Em quase todos os estados brasileiros, inclusive Alagoas, propostas inovadoras de desenvolvimento por meio de tecnologias sociais (TS) são aplicadas como soluções simples para problemas relacionados a alimentação, educação, energia, habitação, renda, recursos hídricos, saúde e meio ambiente, a partir da participação coletiva da comunidade envolvida, em todo o processo, desde a organização, ao desenvolvimento e à implementação do projeto. As TS podem aliar saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico, resultando em experiências positivas, como o clássico soro caseiro, que mistura água, açúcar e sal, numa solução eficaz contra a desidratação e e forte aliada na redução da mortalidade infantil. Nas regiões do Semiárido, castigadas pelas longas estiagens, a cisternas de captação de água também são exemplos de tecnologias sociais que atenuam os problemas de escassez de água potável. E os ?Pais? já existem em 18 estados brasileiros, numa parceria entre o Sebrae, a Fundação Banco do Brasil e o Ministério da Integração Nacional, e o número deve continuar crescendo. Pimenteiras do Sertão abastecem Estado Costa do Sauípe, BA ? Em Alagoas, um dos exemplos mais emblemáticos de tecnologia social que vem dando certo é a produção de pimentas no Sítio Baixas, no município de São José da Tapera, onde 11 famílias tiveram a sua renda multiplicada em pelo menos sete vezes, segundo dados da Fundação Banco do Brasil, produzindo cerca de 85 quilos de pimentas por mês. Hoje, as pimenteiras da região árida do Sertão alagoano, colocam, mensalmente, quase cinco mil vidros de tempero de pimenta à disposição do mercado. Os produtos são comercializados em mais de 30 pontos de venda, como hotéis, pousadas, restaurantes e mercadinhos. Ações simples que geram resultados E é nesse cenário que as tecnologias sociais cumprem um papel importante, de transformação social, gerando alternativas de sustentabilidade e promovendo conscientização ambiental, mesmo nas adversidades. Ele cita o projeto Olhos N?Água, que mobiliza cerca de 50 mil crianças em discussões sobre os recursos hídricos, em 400 municípios brasileiros. E cita, também, centenas de projetos que geram renda e dão sustentabilidade de muitas famílias, como os Pais e as Barraginhas, que consistem na retenção da água de enxurradas, represada nas valetas naturais do terreno, o que força a água a umedecer o solo, lentamente, prolongando o beneficio da chuva. Existem, hoje, cerca de 150 mil barraginhas em todo o Brasil, segundo dados da Fundação Banco do Brasil.

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