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Enchente causou preju�zo incalcul�vel para Alagoas

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Rio Largo e União dos Palmares ? Os prejuízos causados pela enchente que castigou Alagoas e Pernambuco no fim de semana passado ainda são incalculáveis. No relatório preliminar de danos, encaminhado ao governo federal pelo governo de Alagoas, a estimativa de prejuízos ultrapassa os R$ 700 milhões, dos quais, quase R$ 600 milhões seriam referentes à destruição de cerca de 19 mil unidades habitacionais. Também entram nesse cálculo as pontes, rodovias, pavimentações urbanas e redes de abastecimento destruídas pela fúria da água. Mas os danos vão muito além das casas, móveis, automóveis e estruturas urbanas arrastados pelas águas - e muitos ainda nem entraram nesse primeiro relatório. Nas cidades por onde passou, a enchente também acertou em cheio setores importantes da economia do Estado, deixando sua marca destruidora na lavoura, no comércio e na indústria, causando preocupação quanto ao reflexo desse impacto em todas as cadeias de produção. Tanques de 180 mil quilos foram arrastados de usina União dos Palmares ? Na usina Laginha, em União dos Palmares, o cenário de destruição é assustador. Cinco, dos seis tanques gigantes - estruturas de ferro com mais de 180 toneladas e capacidade para cerca de 10 milhões de litros de etanol ? foram arrastados, junto com carretas e caminhões. O único tanque que ficou no lugar chegou a ser arrancado de sua base. Mesmo assim, a usina não considera perda total dos reservatórios. ?Já localizamos todos os tanques, e vamos recuperá-los?, diz o gerente-geral da usina, Luiz Ribeiro. A força das águas do Rio Mundaú também atingiu a área administrativa da usina, levou papéis, computadores, móveis, danificou o laboratório, e arrancou os trilhos da Ferrovia Transnordestina, que já havia sido recuperada naquela área, passando por dentro da usina. Dados do governo estadual afirmam que cerca de 70% da ferrovia foi destruído em todo o Estado. Indústrias atingidas devem atrasar início da moagem Rio Largo e União dos Palmares ? Apesar do desastre, o clima, no setor, é de otimismo. Na safra passada, as usinas alagoanas produziram, juntas, 27,3 milhões de toneladas de cana; o equivalente a 44 milhões de sacos de açúcar e 845 mil metros cúbicos de álcool, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A expectativa do setor para a próxima safra é de incrementar em 10% essa produção. Pelo menos era a perspectiva antes da catástrofe que afetou o Estado. Os números dos prejuízos e as novas projeções sobre a safra 2010/2011, com o quadro pós-enchente, ainda não foram para o papel, mas o presidente da Cooperativa dos Usineiros, José Ribeiro Toledo, acredita que não haverá grandes alterações. Ações emergenciais garantem crédito Por todos os lados, em todas as instâncias do poder público, ações emergenciais tentam manter a economia ativa, após o dilúvio. Essa semana, o Banco do Brasil aprovou medidas emergenciais de crédito para Alagoas e Pernambuco, para ajudar as micro e pequenas empresas localizadas no curso da enchente, em municípios que decretaram estado de calamidade, a se reeguerem. A iniciativa tem por objetivo contribuir para a reorganização das atividades produtivas na região, e traz condições especiais, como o alongamento de prazos e carências das principais linhas de crédito utilizadas pelo segmento. Maceió e litoral não foram afetados | AGÊNCIA ALAGOAS Apesar das enchentes que atingiram municípios da Zona da Mata alagoana nos últimos dias, Maceió e as cidades litorâneas não foram afetadas pelas chuvas. As festas juninas e os preparativos para a alta temporada de julho continuam. Alagoas receberá voos regulares e charters de todo o Brasil e do exterior durante a temporada e a expectativa da Secretaria de Estado do Turismo é que a chegada de turistas deve continuar normalmente. De acordo com a secretária de Estado do Turismo, Danielle Novis, o momento é de solidariedade com os municípios atingidos, mas também de alta temporada, com as férias de julho. ?Os turistas que compraram seus pacotes podem vir a Alagoas, que serão recebidos de braços abertos?, destaca a secretária completando: ?O turismo continua e Alagoas é um dos destinos mais visitados no Nordeste. Os turistas também contribuem com a economia local e geram mais renda para a população?.

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