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Nº 5759
Esportes

CRB entrega proposta de reestrutura��o dos clubes

Atendendo solicitação do governo do Estado, o presidente do CRB, José Cabral de Barros, entregou, ontem, durante as comemorações de 90 anos do Alvirrubro, o estudo do “Programa de Reestruturação dos Clubes de Alagoas”. “Não se trata de uma proposta p

Por | Edição do dia 22/09/2002 - Matéria atualizada em 22/09/2002 às 00h00

Atendendo solicitação do governo do Estado, o presidente do CRB, José Cabral de Barros, entregou, ontem, durante as comemorações de 90 anos do Alvirrubro, o estudo do “Programa de Reestruturação dos Clubes de Alagoas”. “Não se trata de uma proposta para o CRB. O programa alcança todos os clubes alagoanos e não apenas o futebol e sim todos os esportes”, explicou Cabral. O programa foi elaborado pelo IDESH – Instituto de Desenvolvimento Humano -, a partir de observações e sugestões do presidente do Galo. “Elencamos os principais pontos de estrangulamento do esporte alagoano e apresentamos soluções. Na sua maioria carecemos muito mais de atitudes políticas e ajustes gerenciais do que de recursos financeiros”, afirmou Paulo Roberto, diretor executivo do IDESH. Principais itens Questões como transporte, formação profissional do gerenciamento, disponibilização de áreas para centros de treinamento, utilização das marcas para fortalecimento de outras modalidades, estímulo fiscal para o envolvimento das empresas, desenvolvimento de pesquisa de mercado de impacto socioeconômico e identificação de perfil e hábitos do consumidor, elaboração de um plano conjunto para captação de recursos federais, definição do esporte como ação de governo e a inclusão do esporte na política de comunicação social, foram alguns dos itens abordados. “Para termos uma idéia do valor do estudo apresentado, citamos os dados sobre retração de demanda do consumo de deslocamento urbano nos horários do futebol. Mostramos que é lucrativo para todos a venda casada de ingresso com bilhete de ônibus, onde a tarifa reduzida em cinqüenta por cento ainda garante um bom lucro para empresas, pois normalmente neste horário os veículos estão recolhidos na garagem por falta de demanda. Neste universo ainda temos a questão do ponto a ponto e da demanda das áreas circunvizinhas, como Ipioca, Marechal Deodoro, Rio Largo, Satuba, Coqueiro Seco e outras”, analisa o presidente do CRB. A idéia básica é que o Estado passe a ser um alinhador de interesses e objetivos, estimulando e facilitando parcerias com entidades de desenvolvimento e treinamento. Na observação de Cabral, “a classe política alagoana, sempre ausente das questões do esporte, terá uma missão importante”, acrescentando “que é um absurdo a distribuição dos recursos de patrocínio, pois enquanto o Correios gasta uma fortuna com a natação de elite do Brasil, Alagoas não consegue o menor apoio para as competições locais”. O presidente regatiano reclama, ainda, que “a Caixa Econômica Federal patrocina até patinação no gelo, em Brasília, mas é uma dificuldade imensa obtermos algum patrocínio para o esporte alagoano. A Petrobras, Chesf, Eletrobrás, Banco do Brasil, seguem a mesma linha discriminatória e nenhum representante político alagoano se manifesta”. Outra ação política defendida pelo programa é a inclusão da formação de atletas do futebol como atividade do Fundo de Assistência ao Trabalhador (FAT). “Preparar um profissional do futebol é garantir ao cidadão acesso a um mercado de trabalho, cuja remuneração é superior à grande maioria e isso ainda implica em possibilidade de divisas para o Estado e o País”, defende José Cabral. Fortalecimento A ampliação e consolidação da atividade esportiva e o fortalecimento das marcas alagoanas teria na política de comunicação social seu maior aliado. Para o dirigente alvirrubro, neste ponto a TV Educativa será de fundamental importância: “Precisamos do compromisso do governo para dotá-la de equipamento de transmissão extra estúdio para que possamos garantir a transmissão de espetáculos esportivos locais e desta forma iniciarmos um processo de qualificação dos nossos atletas e valorização das propriedades envolvidas. Existe muito a ser feito. Apresentamos apenas uma análise macro inicial, mas já é um grande passo. A partir destes conceitos vamos estender o debate pontual com as Federações, ajustar e lutar pela sua implantação”. O documento apresentado ao governo do Estado traz ainda, além de dados de geração de emprego diretos e indiretos motivados pelo esporte, uma análise do poder de comunicação do futebol. Num quadro comparativo, o estudo comprova que nenhum fato, acontecimento ou personalidade, ocupou a mídia nacional mais que o CRB durante o ano de 2001. “Tivemos uma exposição de mídia impressa durante o Brasileiro que se o Estado fosse comprar a centrimetragem teria de pedir suplementação orçamentária. Isso não pode ser desconsiderado”, concluiu José Cabral.

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