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Nº 5822
Esportes

Virada de mesa: esporte predileto dos dirigentes

São Paulo - A virada de mesa é um dos esportes mais praticados pelos cartolas do futebol brasileiro. Sua prática está diretamente ligada ao rebaixamento de um time considerado grande. Sempre que algum deles cai, dá-se um jeito de mudar o regulamento da co

Por | Edição do dia 18/10/2002 - Matéria atualizada em 18/10/2002 às 00h00

São Paulo - A virada de mesa é um dos esportes mais praticados pelos cartolas do futebol brasileiro. Sua prática está diretamente ligada ao rebaixamento de um time considerado grande. Sempre que algum deles cai, dá-se um jeito de mudar o regulamento da competição seguinte, sob os mais variados e “criativos” argumentos. Assim foi em 1996 quando o Fluminense desceu, no campo, para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Descobriu-se providencialmente um escândalo na arbitragem e, sob o argumento de que resultados de jogos poderiam estar viciados, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pressionada pelo Clube dos 13, manteve o Tricolor carioca na Primeira Divisão. O Fluminense não soube aproveitar o presente e caiu de novo em 1997. Aí, não teve jeito. Foi parar na Série B em 1998, levando junto outro integrante do Clube dos 13, o Bahia. Só que a queda livre do Flu não havia acabado. O time despencou para a Série C, que disputou em 1999. Foi campeão e ganhou o direito de disputar a Segundona em 2000. Não precisou. Graças a uma nova confusão (em 1999), está envolvendo o Botafogo, acabou pulando direto para a Primeira Divisão, maquiada com o nome de Copa João Havelange. O caso do Botafogo teve ligação com o escândalo da alteração de idade de Sandro Hiroshi, que deu ao clube carioca os pontos da partida em que levou de 6 a 1 do São Paulo - o Internacional também ganhou um pontinho, por conta do “episódio do gato”. Com isso, o Botafogo não caiu e quase sobrou para o Gama. Mas o clube de Brasília foi à Justiça para garantir seu direito de ficar no grupo de elite. Então a CBF, sem poder trombar com a Justiça, abriu mão de organizar o Brasileiro a favor do Clube dos 13, que criou a Copa João Havelange, com 109 clubes. Divididos em quatro módulos, que era para não bagunçar. O Grêmio também já foi beneficiado por uma virada de mesa. Caiu em 1991, mas no ano seguinte, nos campos da Segunda Divisão, não conseguiu voltar. Os cartolas deram um jeito: incharam o Brasileiro de 1993 (de 20 para 32 clubes). Adivinha  quem foi um dos beneficiados?

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