Palmeirenses temem rebaixamento antecipado
São Paulo - O abalo dos jogadores palmeirenses após o empate no clássico contra o Corinthians abriu nova ferida no clube. O novo temor agora é a possibilidade de o time ir para a segunda divisão antes mesmo de a fase de classificação do Campeonato Brasile
Por | Edição do dia 27/10/2002 - Matéria atualizada em 27/10/2002 às 00h00
São Paulo - O abalo dos jogadores palmeirenses após o empate no clássico contra o Corinthians abriu nova ferida no clube. O novo temor agora é a possibilidade de o time ir para a segunda divisão antes mesmo de a fase de classificação do Campeonato Brasileiro acabar. Alguns atletas já falam, abertamente, do receio de a equipe ser rebaixada nas próximas rodadas. Não podemos nem pensar em perder mais. Se a situação já é ruim, com mais uma derrota..., declarou o atacante Muñoz. Mais uma derrota será um soco no queixo, um nocaute, afirmou o zagueiro Alexandre. O jogador era um dos mais abatidos depois do jogo contra os corintianos. Ele chegou a chorar nas escadarias do Morumbi após a partida. Estou chegando ao meu limite. É uma situação pela qual jamais passei, declarou. E Alexandre tem razão. Em último lugar, com 20 pontos em 20 jogos, o time tem apenas mais cinco confrontos para tentar escapar da segunda divisão. Quatro deles contra equipes cariocas - Botafogo, Vasco, Fluminense e Flamengo -, que também lutam para fugir do rebaixamento no Nacional. Delicada A situação do Palmeiras é tão delicada que o clube, além de estar atrás na tabela, tem mais jogos e menos vitórias (primeiro critério de desempate) que seus principais concorrentes à Série B do Brasileiro em 2003. Dos quatro últimos colocados atualmente, apenas o Gama (23º) tem um jogo a mais que a equipe paulista. O time do Distrito Federal, no entanto, tem seis vitórias, duas a mais que o time de Levir Culpi, e 21 pontos. O Paraná, que é penúltimo colocado, tem os mesmos 20 pontos palmeirenses, só que uma vitória a mais e uma partida a menos. O próprio Botafogo, 24º colocado, com 22 pontos, e próximo adversário do Palmeiras, tem cinco triunfos e apenas 18 partidas realizadas no torneio. Matematicamente está muito ruim. Agora é quarta-feira contra o Botafogo. Esse jogo vai ser parecido com o do Paysandu, lembrou Culpi (não estão computados os resultados de ontem). Contra a equipe paraense, o Palmeiras conseguiu quebrar um jejum de nove partidas sem vitórias e esboçou uma reação no torneio, ficando quatro partidas invicto. Temos de fazer a mesma coisa agora. É uma situação muito complicada, mas se perdermos o controle agora será pior, declarou o técnico palmeirense.