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Nº 5759
Esportes

Luxemburgo teme viver o drama de Celso Roth

São Paulo - O técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, admite que o ambiente no  clube está pesado. Apesar de o  time ser o líder isolado do Torneio Rio-São Paulo, com 16 pontos em 7 jogos, o treinador entende que a desclassificação da equipe na Copa d

Por | Edição do dia 26/02/2002 - Matéria atualizada em 26/02/2002 às 00h00

São Paulo - O técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, admite que o ambiente no  clube está pesado. Apesar de o  time ser o líder isolado do Torneio Rio-São Paulo, com 16 pontos em 7 jogos, o treinador entende que a desclassificação da equipe na Copa do Brasil e as trapalhadas da diretoria com o registro dos jogadores Jeovânio e Jorginho, contribuíram para a insatisfação da torcida. Isso ficou evidente durante o jogo contra o América, domingo, no Palestra Itália. O time sofreu para vencer o lanterna da competição por 4 a 3, e agora o treinador pede a integração entre os jogadores, a diretoria e os torcedores. “Se não houver essa união, a situação poderá piorar”, alertou o treinador. “É claro que a equipe tem sua responsabilidade, mas a torcida precisa estar do nosso lado, fazer do Palestra Itália a nossa casa, e não beneficiar o adversário”. Luxemburgo tem receio que ocorra com ele o mesmo drama vivido pelo ex-técnico do Alviverde, Celso Roth, atualmente no Santos. “No ano passado, o Palmeiras fazia uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro. Tinha uma vaga garantida para a fase seguinte, mas de repente começou a marcação em cima do treinador, chamando ele de burro em todo o jogo e desestabilizando o time”. O treinador mandou também um recado para a diretoria do Palmeiras, que falhou no começo da temporada ao demorar para registrar Jeovânio. Na semana passada, Luxemburgo foi criticado por escalar Jorginho entre os titulares no treino sem saber que o jogador não havia sido inscrito no Rio-São Paulo. “Não adianta ficar dando explicação que faltou um documento. O problema não pode ocorrer. Cada um aqui dentro tem de cumprir sua parte. A diretoria fazendo bem seu trabalho, eu tentando escalar e orientar o time da melhor maneira possível, e os jogadores correspondendo em campo. Se as coisas saírem erradas já aqui de dentro, é claro que a torcida começa a partida vaiando o time”, disse o treinador, que espera mudanças a partir do jogo contra o Fluminense, domingo, pela oitava rodada da competição. Na bronca Alguns jogadores como Marcos e Arce estavam, ontem, insatisfeitos com um setor da imprensa, que atua na televisão. O goleiro, que admitiu ter falhado no primeiro e no terceiro gol do América, afirmou não estar em má fase, como ouviu de um comentarista de televisão. Ele até pretende ir à emissora para tirar satisfação. “Ficam lembrando que eu falhei no gol do Manchester United, na decisão do Mundial Interclubes. Não estou atravessando má fase, não”, afirmou o goleiro. Por causa das falhas contra o América, Marcos não teme ficar fora da Copa do Mundo. Ele até aguarda ser convocado amanhã pelo técnico Luiz Felipe Scolari para o amistoso contra a Islândia, dia 7, em Curitiba, mas reconheceu que a concorrência com Dida, Rogério Ceni e Júlio César é grande. Arce, um dos responsáveis pela reação do Palmeiras contra o América, disse que está sendo criticado porque não teria mais condição para fazer as jogadas de linha de fundo. “Nem quando eu tinha 18 anos eu ia até a linha de fundo para fazer cruzamentos. Não será agora, com 30 anos, que eu vou me arriscar a fazer esse tipo de jogada”, afirmou o jogador, que prefere nem ouvir falar em mudar de posição, passando para o meio-de-campo, por causa desses comentários. “Acho que agüento mais quatro, cinco anos na lateral”, afirmou.

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