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Nº 5822
Esportes

Desgaste dos cartolas tradicionais

São Paulo - O surgimento de novos dirigentes, como Bebeto de Freitas, no futebol brasileiro ocorre na esteira de um  processo de desgaste dos cartolas tradicionais do país. Três fatores impulsionaram esse processo: as duas CPIs do Congresso que investiga

Por | Edição do dia 17/11/2002 - Matéria atualizada em 17/11/2002 às 00h00

São Paulo - O surgimento de novos dirigentes, como Bebeto de Freitas, no futebol brasileiro ocorre na esteira de um  processo de desgaste dos cartolas tradicionais do país. Três fatores impulsionaram esse processo: as duas CPIs do Congresso que investigaram os clubes entre 2000 e 2001, a manobra jurídica que rebaixou o Gama no lugar do Botafogo em 1999 e a queda nas receitas da TV com o setor. O próprio Botafogo, que passará a ser administrado por Bebeto, foi um dos alvos das comissões, especialmente da CPI do Futebol, que funcionou no Senado. As investigações demoliram a imagem dos dirigentes tradicionais e causaram prejuízos irreversíveis ao deputado federal e presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda (PPB-RJ). Ao lado do presidente da Federação de Futebol do Rio, Eduardo Viana, Eurico liderou o grupo de presidentes de clubes do Rio de Janeiro que, na segunda metade da década de 90, deu as cartas na CBF e no Brasileiro. Em 1999, por exemplo, Eurico foi o mentor da manobra que, no tapetão, livrou o Botafogo da Série B. O Gama, rebaixado no lugar do time carioca, foi à Justiça comum e reverteu a situação, depois de uma batalha que ameaçou o Brasileiro-2000. Com a bagunça fora de campo, a TV, maior investidora do futebol, deixou de apoiar irrestritamente os cartolas e abriu espaço para novos nomes. E, sem resultados dentro de campo, tornou-se quase impossível impedir a mudança.

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