São Paulo - O atacante brasileiro Ronaldo, artilheiro da última Copa do Mundo e personagem da mais polêmica transferência dos últimos tempos - forçou sua saída da Inter de Milão para jogar no Real Madrid, espera ser recebido “com carinho” pela torcida do Barcelona quando pisar no gramado do Nou Camp neste sábado, pelo Campeonato Espanhol, para defender o time merengue. Ronaldo imagina que seus gols pelo Barça na temporada 1996-97 e o fato jogar na Inter por cinco anos antes de ir para Madri lhe garantem um tratamento diferente do concedido a Luis Figo, considerado pelos catalães o “maior traidor do mundo”. Pivô Em 2000, o meia português foi pivô de mais um capítulo na secular rivalidade. Ídolo em Barcelona, Figo, que viria a ser eleito o melhor do mundo na temporada seguinte, deixou o clube azul-grená “na mão” para se juntar a Raúl e Roberto Carlos na capital espanhola, numa transferência que movimentou US$ 56 milhões, recorde à época. “Eu gostaria de ser recebido com carinho”, disse Ronaldo ao diário esportivo espanhol “Marca”. “Estive lá durante uma temporada, quando o todos no time foram muito bem. Acredito que eles (torcedores) não se esqueceram disso”, completou o artilheiro. “Entendo qualquer reação negativa, pois estou no maior rival do Barcelona. Entendo também a reação dos torcedores com a transferência de Figo, apesar de achar que eles exageram”, disse Ronaldo em referência ao primeiro clássico de Figo na Catalunha com a camisa do Real, quando o português foi duramente hostilizado.