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Nº 5822
Esportes

Rebaixados t�m desafios na S�rie B em 2003

São Paulo - Palmeiras e Botafogo-RJ serão as grandes atrações do Campeonato Brasileiro da Série B em 2003. Mas o que eles vão enfrentar nos gramados, de norte a sul do País, e quais as suas reais chances de voltarem à elite nacional em 2004? Algumas dific

Por | Edição do dia 24/11/2002 - Matéria atualizada em 24/11/2002 às 00h00

São Paulo - Palmeiras e Botafogo-RJ serão as grandes atrações do Campeonato Brasileiro da Série B em 2003. Mas o que eles vão enfrentar nos gramados, de norte a sul do País, e quais as suas reais chances de voltarem à elite nacional em 2004? Algumas dificuldades são evidentes, como o calor das regiões Norte e Nordeste, as longas distâncias com viagens cansativas e alguns estádios acanhados, parecidos com verdadeiros caldeirões. Distâncias e temperaturas elevadas quase sempre acompanham a Série B. Os novos integrantes da divisão vão visitar algumas capitais que não estão acostumadas na Série A . É o caso de Recife, que tem três clubes, o Santa Cruz com chances de subir, o Sport eliminado nas quartas-de-final para o Jundiaí e o Náutico que escapou do rebaixamento para a Série C somente na última rodada. O técnico que sentar no banco terá de se preparar para suportar o irritante Zé do Radio, conhecido torcedor rubro-negro, que não economiza o som do rádio e nem as cordas vocais para xingar os adversários. Em Maceió, além das belas praias, a capital alagoana tem o CRB que sempre atua bem em casa. O América-RN, em Natal, é um time bastante irregular. Outra capital quente é Fortaleza, com dois clubes: o Ceará, já eliminado, e o Fortaleza, com chances de subir. As distâncias são maiores e as viagens, conseqüentemente, mais cansativas. Viajar de São Paulo para Fortaleza ou Natal de avião dura em torno de quatro horas, se não houver escalas. Mas difícil mesmo é ir até Manaus para enfrentar o São Raimundo. Se a viagem dura menos de quatro horas, muitas vezes o difícil é encontrar vôos de ida e volta, com gastos adicionais em hotel. Em Belém, cidade já conhecida por ser a casa do Paysandu, além do forte calor e da umidade do ar, o mais difícil é manter a tranqüilidade no estádio “Evandro Almeida”, onde o Remo manda seus jogos. As arquibancadas ficam do lado do campo e a torcida atua como 12o  jogador. Outro alçapão conhecido é o Estádio da Ressacada, em Florianópolis, local que o Avaí manda seus jogos. Diante de sua fanática torcida, o time que tem no tenista Gustavo Kuerten o seu torcedor mais ilustre, invariavelmente se agiganta. Venceu 11 jogos nesta temporada sempre acompanhado por sua tradicional bandinha, uma atração à parte. Campo ruim é mesmo do Estádio Centenário, em Caxias do Sul, sempre prejudicado pelo mau tempo. Linha de montagem Mas os problemas vão começar mesmo na montagem do time, segundo o técnico Vágner Benazzi, um especialista na Série B que subiu o campeão Gama, em 1997, e o vice-campeão Figueirense, em 2001. “É uma divisão mais de força e menos técnica. É preciso formar um elenco equilibrado, inclusive com jogadores experientes na Série B”, afirma Benazzi, ex-lateral direito do Palmeiras e atualmente técnico do Santo André. Para Peter Silva, representante do Londrina na recém-criada Futebol Brasil Associados, as presenças de três times que fazem parte do Clube dos 13 - Palmeiras, Botafogo e Portuguesa - vão fortalecer a Série B, que já conta com Sport Recife. Ele também está animado com as negociações, ainda nesta semana, com a Rede Globo e a Sportv para as transmissões ao vivo na próxima temporada. “Este ano só pegamos R$ 2 milhões da televisão, mas a conversa agora será outra”, espera Silva. Se forem mantidos os poucos benefícios para 2003, Palmeiras e Botafogo vão receber R$ 3 mil por jogo e 23 passagens aéreas. Mas, como atrações, vão encontrar estádios cheios.

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