O Conselho Deliberativo do CSA aprovou, na última terça-feira, as contas do clube referentes ao ano 2001 - gestão do presidente Arnon de Mello Neto. Após a aprovação dos conselheiros, que reconheceram o débito do CSA para com Arnon, no valor de R$ 249 mil, investidos por ele naquele período, para sanar as despesas com o clube, o então presidente decidiu perdoar o débito, afirmando que o CSA não precisaria mais lhe pagar. “Hoje, o conselho viu realmente que o CSA me devia esse dinheiro, mas eu, como ex-presidente do clube e como azulino, disse que o CSA não me deve mais nada”, declarou. “A minha posição nunca foi de cobrar nada do CSA. Eu quero que as pessoas entendam e reconheçam que nos dois anos em que passei à frente do CSA, contribui não só com o meu tempo e o meu apoio, mas com a minha vida financeira”, reforçou, acrescentando que precisava dessa atitude do conselho, para se sentir bem dentro do clube. “Fiquei feliz com os companheiros conselheiros, pois foi uma demonstração de que eles confiam em mim”, afirmou. A decisão do ex-presidente azulino agradou aos conselheiros e todos consideraram que ele praticou um gesto grandioso, em prol do CSA. “Graças a Deus, as contas foram aprovadas e o Arnon exerceu um ato de extrema grandeza, pedindo que o valor fosse transformado em doação. Isso mostra o que é o CSA, com a união entre todos nós”, declarou o presidente do Conselho Deliberativo, José Carlos Simões. Licença O presidente Euclides Mello decidiu continuar licenciado do clube, mesmo com o pedido do conselho para que ele retornasse. “Infelizmente tenho afazeres particulares e por enquanto não posso voltar, mas estarei de volta ao CSA o mais breve possível, para conduzir os destinos do CSA, honrando os compromissos do clube como sempre fiz”, afirmou o dirigente. Euclides declarou que não está magoado com o Conselho Deliberativo do CSA, mas revelou que ficou constrangido quando quis retornar ao clube, após o término da primeira licença que pediu, para concorrer às eleições deste ano, e o conselho colocou em votação a sua volta. “No início, confesso que fiquei chateado, mas agora já desabafei com os conselheiros e estou tranqüilo”, disse. Sobre a atitude de Arnon de Mello, em perdoar o débito do CSA, Euclides afirmou que não foi surpresa alguma. “Isso mostra que além de ele ter um grande caráter, é um grande azulino e gosta do CSA”, finalizou.