O PAI, O VELHO GALDINO, QUASE TEVE UM TRO�O DE RAIVA

Mais incrível nesta trajetória enviesada de João foi o seu início ainda garoto, lá no XV de Piracicaba, interior paulista. Oriundo de uma formação rígida, o pai de João, Jorge Galdino, um feirante, detestava a ideia de que o filhão querido sequer sonhasse em ser um jogador de futebol. ?Isso é coisa de maloqueiro!?, esbravejava o velho Galdino, quando alguém lhe supunha tal história. ?Filho meu tem é que trabalhar!?, asseverava. ?Mas minha mãe, Maria de Lourdes de Barros, sempre me deu apoio nessa minha vontade. Meu tio Antônio de Souza também foi meu incentivador e a pessoa que me levou lá para o juvenil do XV?, conta o artilheiro. Mas, claro, tudo escondido do velho Galdino. Mas qual não foi a surpresa quando um belo dia, na pequena Piracicaba, eis que um dos amigos do Joãozinho pega um bendito jornal da cidade, o ?Jornal de Piracicaba?. Amigo também do tio Antônio, o sujeito que sabia das idas de Joãozinho aos treinos do XV viu o nome do amigo na reserva de um jogo no profissional do time de Piracicaba.