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Nº 5759
Esportes

Clubes pagam para jogar no Nordest�o

A diretoria do CSA contabilizou os custos de seus jogos no Campeonato do Nordeste e Copa do Brasil e ficou mais convencida de que realmente é difícil fazer futebol no Brasil, principalmente nos Estados onde os clubes mal podem se sustentar financeirament

Por | Edição do dia 08/03/2002 - Matéria atualizada em 08/03/2002 às 00h00

A diretoria do CSA contabilizou os custos de seus jogos no Campeonato do Nordeste e Copa do Brasil e ficou mais convencida de que realmente é difícil fazer futebol no Brasil, principalmente nos Estados onde os clubes mal podem se sustentar financeiramente. Como exemplo, os dirigentes azulinos citaram a partida da última quarta-feira, diante do Ceará, pela Copa do Brasil, quando de uma renda bruta de R$ 32.868,00 o clube ficou apenas com R$ 2.870,77. “As despesas são grandes para a realização do espetáculo e muitas vezes o torcedor não conhece essa realidade. Ele imagina que o clube está com muito dinheiro em caixa, em função da arrecadação”, explica o diretor-financeiro do clube, Edson Nunes. Segundo ele, o demonstrativo das despesas do jogo contra o Ceará foi o seguinte: aluguel do campo (Fape) – R$ 2.629,44; quadro móvel (bilheteiros, porteiros, seguranças, tesoureiros, fiscais etc.) – R$ 3.310; INSS – R$ 4.994,80; exame antidoping (exigência do regulamento da competição nesta fase) - R$ 2.400; árbitros – R$ 4.480; FAF, ACDA, Federação dos Atletas Profissionais, seguro do público pagante, impostos e taxas – R$ 2.068,83; e impressos (ingressos) – R$ 5.600. Somando, dá um total de despesas no valor de R$ 25.483,07. Daí, o lucro líquido é de apenas R$ 7.384,93, a ser dividido igualmente entre os dois clubes. Há ainda o INSS parcelado, no valor de R$ 821,70. Resultado: o que sobrou para cada clube foi R$ 2.870,77. “Com esse valor é possível fazer grandes contratações?”, questionou o dirigente.

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