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M�e de goleiro diz que vive pesadelo e que Chape � que precisa de apoio

O goleiro Danilo Padilha, uma das vítimas do acidente aéreo da última terça-feira, na Colômbia, era um dos grandes ídolos da torcida da Chapecoense. Poucos dias antes da tragédia, o atleta já havia conseguido em definitivo seu lugar no coração do torcedor, ao protagonizar uma defesa considerada ?milagrosa?, nos últimos minutos da partida contra o San Lorenzo, da Argentina, em plena Arena Condá ? lance que garantiu a classificação do time catarinense para a final da Copa Sul-Americana. Na tarde dessa sexta, 2, a mãe de Danilo, Ilaíde Padilha, a dona Ilaíde, foi até o estádio do clube e fez questão de conversar com os jornalistas. Ela andou pelo gramado da Arena Condá acompanhada por uma psicóloga da Prefeitura de Chapecó e pelas duas filhas. Após cada entrevista concedida, fez questão de abraçar cada repórter com quem conversou. ?Estou vivendo um pesadelo, ainda. Eu acho que ele vai voltar da Colômbia, mas não dentro de um caixão. Eu acho que ele vai voltar com um bom resultado e que, na semana que vem, eu vou a Curitiba vê--lo jogar a final e aplaudi- -lo. Por isso, estou em pé, disse, com delicadeza. ?O Danilo é o meu filho amado, é o meu anjo. Onde quer que ele esteja, está me abraçando e me segurando. É ele quem está me mantendo aqui. Meu anjo, meu ídolo e meu herói?. Ao perceber que um dos jornalistas presentes era colombiano, a mãe do ídolo chapecoense revelou que o momento de maior angústia, no dia do acidente, foi quando recebeu um telefonema das autoridades do país vizinho. ?Foi quando me ligaram pedindo descrições do Danilo para identificar o meu filho e, depois, desligaram o telefone na minha cara, sem falar nada. Tudo bem, eu entendo que a pessoa provavelmente não tinha permissão para me falar se era ele, ou se não era. Mas foi o momento mais difícil?, afirmou, sem demonstrar rancor. Em seguida, dona Ilaíde comentou a homenagem que os colombianos fizeram em Medellín, na noite de quarta-feira, 30, quando ocorreria o jogo entre Atlético Nacional e Chapecoense. ?Tenho que agradecer aquele momento. Vocês demonstraram um espírito de humanidade para conosco de uma forma grandiosa. Quando eu vejo aquelas imagens, me arrepio. É impossível não agradecer à Colômbia por isso?. Ela não assistiu à homenagem que ocorreu na mesma noite, em Chapecó, quando Danilo foi ovacionado pela torcida na Arena Condá. Naquela data, ela ainda estava em Cianorte-PR, onde mora.