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INTENSO E SURPREENDENTE

ALAGOANO GALO NA CABEÇA Mesmo sem apresentar um futebol vistoso, o CRB foi mortal na reta decisiva. Venceu o CSA duas vezes e levantou o título estadual, conseguindo o bicampeonato. MELHOR SEM GANHAR O CSA mostrou os melhores números e o melhor futebol, venceu o CRB duas vezes, foi à final, mas não foi o campeão alagoano. Mesmo assim, conseguiu o tão sonhado calendário em 2016 e 2017. ESTUPIDEZ O jogo final do Alagoano mostrou cenas lamentáveis em campo. Uma batalha campal entre torcedores vestindo camisas do CSA e do CRB quase provoca uma tragédia. As imagens da selvageria ganharam o mundo. SOBROU A torcida do CSA foi um show à parte. Levou mais público que todas as outras torcidas juntas e colocou nos cofres azulinos R$ 1,2 milhão em uma competição deficitária. A provocação com a torcida do CRB ? ?cadê, você; cadê, você? ? mexeu com a rivalidade e acabou como o grande movimento fora de campo no campeonato. COPA DO BRASIL XÔ, TABU! Dos grandes, o CRB era o único alagoano que não havia passado de fase na Copa do Brasil. Na edição 2016, o time quebrou tabus. Primeiro avançou para a 2ª fase vencendo o Ivinhema por 2 a 0, depois saiu da Copa do Brasil com um empate ? com sabor de derrota ?, em São Januário, com o Vasco. ORGULHO DE VER O CRB parou na 2ª fase, sendo desclassificado pelo Vasco. Mas o Galo vendeu a eliminação com juros e correção. Fazendo uma grande partida, o CRB estava vencendo até os 44 minutos do tempo final, forçando a decisão por pênaltis. O Vasco empatou com gol de um zagueiro dando uma de atacante. O torcedor sofreu com a eliminação, mas reconheceu o ótimo desempenho da equipe. BEM E MAL Além do CRB, Alagoas foi representada por Coruripe e ASA. O Hulk foi bem e quase complica o Botafogo. Perdeu em casa em jogo disputado debaixo de um dilúvio, chegou a estar na frente em Volta Redonda, mas cedeu o empate e ficou pelo caminho. Já o ASA caiu para o desconhecido Genus (RO) com uma derrota fora por 2 a 0 e com uma vitória em casa por 2 a 1, que não adiantou. O Gigante caiu muito cedo. COPA DO NORDESTE POR POUCO O CRB caiu de pé nas quartas de final. Jogando contra o Sport, o time regatiano fez dois grandes jogos e acabou eliminado graças a um gol sofrido no finalzinho, na Ilha do Retiro. VIOLÊNCIA A torcida do CRB foi maltratada em Recife no jogo decisivo contra o Sport. Na saída, torcedores do CRB foram recebidos à bala e por pouco não tivemos uma tragédia na Ilha. CARINHO PUNIDO Na partida na Ilha do Retiro, Mazola Júnior, Galdezani, Erico Júnior e Gabriel voltavam a enfrentar a equipe que eles já haviam defendido. No entanto, o atacante Neto Baiano foi o mais festejado. Após o jogo, Neto ficou em Recife e acabou se encontrando em um restaurante com jogadores do Sport. A foto publicada nas redes sociais causou uma punição para o atacante do Galo. NÃO FOI BEM Jogando no mesmo grupo do CRB, o Coruripe não passou da fase inicial. Foi o 3º colocado, um pontos atrás do América/RN, e por pouco não conseguiu avançar na competição. O time perdeu jogos e pontos no Gérson Amaral que impediram a sua classificação. SÉRIE B SONHO BOM O CRB embalou seu torcedor no sonho de chegar à Série A. Durante muitas rodadas, o Galo ocupou o G4 e manteve vivo o desejo de acesso. Mas o time caiu de rendimento e em casa sofreu tantas derrotas, perdeu tantos pontos, que a classificação virou um pesadelo. A MELHOR Foi a melhor campanha do CRB na história dos pontos corridos na Série B. Além da 7ª posição, os 58 pontos somados fizeram do Galo um dos destaques positivos na competição. O CRB também foi um dos melhores visitantes da Série B, fechando a disputa como o 4º melhor time de aproveitamento fora de casa. ALTOS E BAIXOS Na Série B, o time viveu momentos maravilhosos, como as vitórias sobre o Vasco em São Januário e as duas vitórias sobre o Náutico, sendo que em Recife, houve um chocolate de 3 a 1 em campo e uma invasão de quase dois mil regatianos na Arena de Pernambuco. Mas em casa o CRB perdeu jogos bobos, como partidas para o Ceará, Londrina e Brasil de Pelotas; fora chegou a tomar 5 a 3 do Paraná e ceder empate para o Paysandu, após estar vencendo por 2 a 0. SELEÇÃO DA ÁGUA PARA O VINHO Foi um ano de transformação. A Seleção Brasileira saiu do inferno do risco de não chegar à Copa do Mundo para resgatar a estima do torcedor e estar a um ponto de garantir classificação para a Copa do Mundo na Rússia, em 2018. O VEXAME Sob o comando de Dunga, a Seleção Brasileira desandou. A equipe não apresentava consistência. Fez uma Copa América sofrível, sendo eliminada pelo Paraguai e causou um vexame na Copa América Centenário, sendo eliminada pelo Peru, sem vencer uma partida. Nas Eliminatórias, patinou, ficando fora da zona de classificação para Rússia 2018. VOLTA POR CIMA Tite mudou o rumo da Seleção. Ele geriu o grupo com inteligência, reconquistou o torcedor e recolocou a Seleção na trilha do sucesso. Foram seis jogos e seis vitórias, algumas significativas, como as sobre o Equador, em Quito, e a goleada sobre a Argentina, no Mineirão, ambas por 3 a 0. O Brasil se reencontrou com o futebol e com o seu torcedor. SÉRIE C FOI GIGANTE Pelo segundo ano consecutivo, o ASA quase volta à Série B. Após uma campanha maravilhosa na fase de classificação, o ASA foi para o mata-mata contra o Guarani. A vitória por 3 a 1 em Arapiraca deixou o alvinegro perto do acesso, mas o Gigante foi goleado pelo Bugre em Campinas e acabou o sonho, vendo a classificação escapar pelas mãos. COMO DEU CERTO? O ASA tinha tudo para dar errado. Uma série de fatores levaram o time a ameaçar não disputar a Série C. Formou um time, trocou de técnico três vezes, jogadores passaram por dificuldades, o grupo se fechou e, contrariando todo o cenário, o ASA incomodou equipes com condições financeiras e estruturais bem maiores. AUSÊNCIA Um fenômeno nacional atingiu Arapiraca. O torcedor não compareceu ao Estádio Coaracy da Mata Fonseca. Não adiantaram promoções e chamamentos, mesmo com uma campanha forte do ASA, o time jogou para pouco mais de mil torcedores e não conseguiu superar a crise financeira que a direção encarou ao longo da temporada. Tirando a bela campanha em campo na Série C, foi um ano ruim para o Alvinegro . SÉRIE D RESGATE O CSA voltou ao cenário nacional em grande estilo. Antes do início da Série D, a missão de sair do ?inferno? era algo distante. Mas o CSA conseguiu. Deixando para trás 64 equipes, o time azulino chegou ao tão sonhado acesso, indo para a Série C na próxima temporada. ADIADO Ainda não foi desta vez que o Azulão conquistou um título nacional. Chegando à quarta final de uma competição nacional, o time não conseguiu vencer o Volta Redonda na grande final da Série D. Em casa, um empate sem gols, mas na cidade do aço, o time azulino sofreu uma goleada por 4 a 0. O sonho de ser o primeiro time alagoano com título nacional ficou adiado. OLIMPÍADAS DOS SONHOS Os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro tiveram como um dos principais destaques o povo brasileiro. A forma de torcer, de receber e de abraçar a competição deixou o mundo encantado. VIRADA Rafaela Silva conseguiu uma virada dos sonhos. Criticada em Londres por não ter ganho a medalha de ouro, Rafaela veio conquistar em casa, diante do seu torcedor e de sua família, e no seu País, a tão sonhada medalha de ouro. SEM CONTA DE MENTIROSO Foram sete medalhas de ouro e tantas outras que valeram como ouro. Futebol masculino, vôlei de praia, com Bruno/Alisson, iatismo, com Martine Grael/Kahena Kunze, Robson Conceição no boxe, Thiago Braz no salto em altura e Rafaela Silva no judô. ALAGOANO DE OURO Na equipe brasileira de vôlei masculino, Alagoas teve seu destaque. Maurício Borges foi ouro, levando o nome e as cores da bandeira alagoana ao lugar mais alto do pódio. DESTAQUES ROUBOU A CENA Fazia tempo que não víamos um treinador longevo no nosso futebol. Vica, no ASA, tinha sido o último. Mazola Júnior conseguiu durar uma temporada e meia. Seus resultados foram expressivos: um título estadual, boas participações na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste e os melhores desempenhos do CRB na Série B. VOLTA TRIUNFAL Oliveira Canindé havia deixado o CSA em um momento que o time era destaque. Muitos achavam que nunca mais ele voltaria. Canindé voltou e novamente fez o azulino ser destaque. Melhor futebol apresentado no Alagoano e foi finalista, algo que o time azulino não experimentava há um bom tempo. Também tirou o CSA do inferno da Série D. Não veio título, mas veio acesso e calendário. ARTILHEIRO Rejeitado na capital, Reinaldo Alagoano reencontrou seu brilho no ASA. Artilheiro alvinegro na Série C, mostrou qualidade para voltar a brilhar no cenário nacional. PARALIMPÍADAS MAIS HUMANA Eles apresentam deficiências físicas, que acabaram imperceptíveis. Eles podem ter limitações, foram todas superadas. Eles nos ensinaram que podem ser super, mesmo nas dificuldades. As paralimpíadas foram um show à parte. MARCANTE Os Jogos Paralímpicos Rio-2016 ficaram marcados na história. Não houve nada igual. A cerimônia de abertura e o encerramento impressionaram o mundo. O nível de competitividade mostrou resultados expressivos, a ponto de atletas paralímpicos terem conseguido um resultado superior aos atletas ?normais? na prova dos 1.500m. BRILHO LOCAL O alagoano Yohansson Ferreira conquistou mais duas medalhas na paralimpíada Rio-2016, uma prata e um bronze. Ele já possui seis medalhas paralímpicas na carreira. Marivânia Silva também foi medalhista no Rio. FUTEBOL CHORAMOS A tragédia envolvendo a Chapecoense caiu como uma bomba entre os brasileiros. Choramos a perda brutal de uma equipe e de 71 vidas que se foram. Alagoas chorou o seu filho, Arthur Maia, que morreu no acidente em Medellín. COMEMORAMOS O Palmeiras foi o campeão brasileiro da Série A. O time não foi um primor de equipe, mas mostrou uma eficiência assustadora. Alagoas comemorou a conquista do Verdão com Cleiton Xavier, sertanejo, campeão brasileiro. ES CAMPEÓN! O Real Madrid ganhou tudo que disputou em 2016. Cristiano Ronaldo foi o grande nome no Espanhol, na Liga dos Campeões e no Mundial de Clubes da Fifa. O alagoano Pepe também levantou todos esses títulos.