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Nº 5759
Esportes

CRB melhora estrutura no futebol com apoio de seus patrocinadores

A realidade do futebol brasileiro, freqüentemente envolvido em investigações sobre denúncias de irregularidades e desvio de dinheiro, afastou por muito tempo os investidores que poderiam se tornar patrocinadores em potencial das equipes. Incluída neste co

Por | Edição do dia 10/03/2002 - Matéria atualizada em 10/03/2002 às 00h00

A realidade do futebol brasileiro, freqüentemente envolvido em investigações sobre denúncias de irregularidades e desvio de dinheiro, afastou por muito tempo os investidores que poderiam se tornar patrocinadores em potencial das equipes. Incluída neste contexto, a Região Nordeste - até mesmo pela distância física dos maiores centros – também não fugiu a esta realidade, que maculou a imagem do nosso futebol até mesmo em gramados internacionais. Em Alagoas, o bom momento vivido pelos clubes locais e, principalmente, a administração séria e honesta dos atuais dirigentes, está possibilitando uma mudança neste quadro. O CRB, precursor de uma nova mentalidade empresarial em Alagoas, quer mostrar que é possível reverter este quadro. A atual diretoria, orquestrada pela experiência do economista José Darlan Brandão de Almeida, firmou, para esta temporada, patrocínios que estão ajudando a custear as despesas do clube, orçado em R$ 1,505 milhões até o mês de junho. Impulsionadas pela boa campanha do CRB no Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado, onde o time foi o quinto colocado, as empresas Crystal, Euro Combustíveis e Carnaúba Locadora decidiram apostar na equipe montada pelo técnico Roberval Davino, enquanto a Unimed renovou – e reajustou – o contrato já existente. Despesas O CRB tem, hoje, despesas fixas mensais de cerca de R$ 170 mil, sendo R$ 101.800,00 com folhas de pagamento (R$ 65 mil com os profissionais; R$ 28 mil para a comissão técnica e o treinador do time profissional; R$ 5 mil para os funcionários do setor administrativo; R$ 3.800,00 com o Departamento Amador). Acrescente-se a estes valores os gastos com aluguel e condomínio pagos aos jogadores que vieram de fora do Estado; custos com alimentação (três refeições diárias) de 32 pessoas, sem contar com os bichos que a diretoria paga para incentivar os jogadores, para os casos de vitória e de empate. Brandão explica que, mesmo com os valores pagos pelos patrocinadores da Copa do Nordeste (Tim, Directv, Bavaria, Rede Globo e Coca-Cola), o déficit do clube chega a R$ 350 mil, que deverá ser pago pela empresa SLB (Sportis e Licenciamentos do Brasil) e por ele próprio, que praticamente já perdeu as contas do quanto já investiu no clube, desde que assumiu, junto com os demais diretores, em janeiro de 2000. “Acho que está se começando a moralizar o futebol  brasileiro e o alagoano, em  especial, devido à condução  dos clubes estarem entregues  a pessoas sem interesses políticos e que querem efetivamente administrar os times  de maneira profissional”, conclui.

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