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Nº 5759
Esportes

S�o Paulo revela o segredo do sucesso

São Paulo - No intervalo da partida contra a Portuguesa, domingo, quando sua equipe já  vencia por 2 a 0, o técnico do São  Paulo, Nelsinho Baptista, não pediu concentração ou propôs alterações táticas. Em vez disso,  exigiu que seus jogadores mantivessem

Por | Edição do dia 12/03/2002 - Matéria atualizada em 12/03/2002 às 00h00

São Paulo - No intervalo da partida contra a Portuguesa, domingo, quando sua equipe já  vencia por 2 a 0, o técnico do São  Paulo, Nelsinho Baptista, não pediu concentração ou propôs alterações táticas. Em vez disso,  exigiu que seus jogadores mantivessem algo que, em sua opinião, é o segredo para explicar o atual momento do time: a solidariedade. O resultado foram mais dois gols no segundo tempo e a consolidação de mais uma goleada. Pois é exatamente nesse ponto que o treinador vai centralizar seu discurso durante a semana. Como venceu o Flamengo, do Piauí, por 5 a 0, em Teresina, no jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil, o clube do Morumbi garantiu a vaga antecipada às oitavas-de-final da competição, sem a necessidade da partida de volta. Assim, ganhou “folga” no meio de semana. O próximo jogo é no domingo, às 16 horas, em casa, diante do Bangu, pelo Torneio Rio-São Paulo. Nelsinho vai aproveitar esse tempo para dar mais atenção ao aspecto emocional e psicológico do grupo. “É importante que eles (atletas) entendam que é fundamental para uma equipe que deseja chegar longe ter esse espírito de grupo”, disse o técnico são-paulino. Apenas o meia Kaká, o atacante França e o lateral-direito Belletti, que estiveram com a Seleção Brasileira na semana passada, em Cuiabá, terão atenção extra na preparação física. Kaká e França, por exemplo, pediram para ser substituídos quando o placar já estava definido. Mas até mesmo boas fases trazem problemas. Um deles, para o São Paulo, tem sido as convocações para a Seleção Brasileira. A comissão técnica quer evitar que a freqüente ausência de alguns jogadores, sobretudo Kaká, França e Rogério Ceni, possam comprometer o clima. “Sabemos que é uma realidade que vamos ter de enfrentar. Por isso, já procuramos antecipar eventuais ausências”, explicou Nelsinho. Mas, para o grupo, nada parece abalar esse momento. “O time deste ano é o mais equilibrado do qual já participei”, afirmou Rogério. “As viradas de jogo são precisas, a marcação é boa. Todos estão muito bem”. Por outro lado, cinco vitórias consecutivas e conquistadas dentro de duas competições importantes: o Torneio Rio-São Paulo e a Taça Libertadores. Agora não há mais dúvida de que o velho e bom São Caetano está de volta com força total, com agressividade e eficiência. Nenhuma surpresa, porém, para o técnico Jair Picerni, que na semana passada completou dois anos à frente do time-revelação do Brasil e que tem, de momento, dois objetivos: chegar às semifinais do Rio-SP e ser campeão da Libertadores. “O que há de mais nisso? Não vejo nada, porque aqui tudo é organizado e planejado. Não tem brincadeira, mas muito trabalho. Quem brinca, sai logo do grupo”, resume Picerni, que encarou com naturalidade a troca de meio time antes do início da temporada. “Mudamos algumas peças, mas o time mantém o mesmo padrão e a mesma filosofia de jogo”, assegura.

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