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Josimar, o autor do gol da coragem

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| WELLINGTON SANTOS Repórter O atacante Josimar, 20, nunca mais vai esquecer o dia 10 de setembro de 2005 de sua vida. Tudo porque ele bateu aquele tipo de pênalti que no futebol se costuma dizer que quem deve bater é o presidente do clube, pela importância que representa. Fiz o gol mais importante de minha vida, resumiu. Quarenta e três minutos do segundo tempo do jogo entre Criciúma e o CRB, em Criciúma, pela Série B do Brasileiro. Nos pés de Josimar a linha tênue entre o céu ou o inferno de uma cobrança. Ele fez, mas se perdesse, talvez nem voltasse para Maceió, como confessou ontem à Gazeta de Alagoas, já no aconchego de seu apartamento, desfrutando os louros do sucesso, após a consagração de ter feito o gol que tirou o Galo do rebaixamento. 2x1 para o CRB, de virada. A cobrança Lembro-me de que no momento do penal o Cristiano (atacante) olhou para mim e disse que eu tivesse tranqüilidade, revelou Josimar, já dando entender quem deveria bater a batata quente. O Zé Carlos, segundo Josimar, também não fez questão de bater um dos pênaltis mais importantes da história do CRB. Mas de uma certa forma vi que eles confiavam em mim porque nos treinos sempre me dediquei muito em bater pênaltis, explicou o atacante, citando outro momento antes da cobrança: O goleiro Jeferson saiu lá de trás para dizer que eu tivesse confiança, batesse, porque daquele gol dependia toda a família dele e todos que estavam naquele jogo, contou. Jeferson era lógico. O goleiro do CRB era a maior testemunha de que Josimar era o melhor cobrador do Galo, porque era justamente ele quem esticava o tempo nos treinos com o atacante batendo os pênaltis. Peguei a bola, botei embaixo do braço, esperei o goleiro dar aquela paradinha milagrosa e desloquei-o, resumiu. Antes da cobrança, os zagueiros do Criciúma provocavam: Vamos morrer abraçados, Mano! (sic), meu time já morreu e o teu tá com o pé na cova, relatou. ### Atacante faz relação com o sobrenatural Um dos menores salários do elenco (o atacante recebe em torno de R$ 2 mil), Josimar faz a relação com o sobrenatural para explicar a permanência do CRB. Na segunda-feira passada fui com o amigo-irmão Davi Hollanda passar uma procuração no Centro da cidade e uma senhora evangélica do cartório soube que eu era jogador e disse que eu faria um gol no próximo jogo, relatou. Mas não imaginaria que fosse um gol tão importante, filosofa. Outro aspecto que chamou a atenção de Josimar é sua relação com o número 13 de Zagallo. Até então não tinha marcado nenhum gol pelo CRB na competição. Mas me lembrei de que fui o artilheiro do time no Campeonato Alagoano, com treze gols, lembra. Os baianos Outra história de Josimar relacionada ao jogo do Criciúma é bem marcante e aconteceu no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na volta. Quando nos encontramos com a delegação do Bahia no aeroporto de Guarulhos, vimos aquela desolação dos jogadores, rebaixados. Alguns choravam. E o atacante Marcelinho, amigo do Ivonaldo, disse: ?Pô, pelo menos vocês aliviaram um pouco a nossa dor, ao rebaixar o Vitória?, disse. |WS

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