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Desafio do Hulk: encarar tradicionais

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| WELLINGTON SANTOS E FERNANDA MEDEIROS Repórteres O Coruripe já é uma realidade no futebol alagoano. Mesmo com apenas três anos de fundação, não se assusta ao ter que encarar os tradicionais CSA, CRB, ASA e Corinthians, apontados como favoritos ao Alagoano 2006. Essa afirmação ganha forças graças à performance do Alviverde do litoral sul do Estado, carinhosamente chamado por sua fanática torcida de incrível Hulk, numa alusão ao herói esverdeado de um seriado de muito sucesso tempos atrás na televisão. O Hulk fez jus à fama atual no futebol alagoano nos últimos três anos com um currículo invejável. Nesse período curto de vida, o time já fincou seu nome na história, ao conqusitar um campeonato na 2ª divisão no ano de sua criação (2003), dois vice-campeonatos, em 2004 e 2005, e, este ano, se notabilizou no cenário nacional ao fazer uma ótima campanha na Série C do Brasileiro, ao chegar até a quarta fase. POLÍTICA E FUTEBOL Para o presidente do clube, Maicon Beltrão, 27, um dos mais jovens dirigentes do futebol alagoano na atualidade, nem mesmo o grande número de padrinhos políticos por trás dos clubes tradicionais e de outros menores, fruto do pleito eleitoral em 2006, poderá atrapalhar o bom andamento e a lisura do Campeonato Alagoano dentro de campo. Eu espero que a disputa política seja boa e fique apenas dentro de campo. Que vença a melhor equipe, aquela que ganhar mais e errar menos. Acredito que esses políticos vão querer aparecer e para isso vão formar equipes fortes. E arremata: Não só o Coruripe, CRB ou CSA, mas a maioria dos clubes do interior tem um político por trás para ajudá-los. No Brasil, praticamente todo clube tem um politico por trás, afirma. Mas Maicon Beltrão também não foge à onda dos bastidores políticos. O homem-forte do clube é filho de um político tradicional em Alagoas - o deputado estadual João Beltrão, patrono do Coruripe. Sobre isso, Maicon dá o seu recado. Não temos só o João Beltrão ajudando, em Coruripe, temos também o prefeito e os vereadores nos ajudando. E isso vai ser muito bom para o campeonato. E acrescenta: Meu pai é político, patrono do Coruripe, mas nunca influenciou em nada o campeonato. Tanto é que fomos vice-campeões duas vezes. ### Corinthians: grande aliado do Coruripe Questionado como analisa e a que se devem as boas campanhas do Coruripe, nesses três anos, Maicon faz uma constatação: Acho que se deve ao fanatismo da nossa torcida, que vai a todos os jogos sempre com casa cheia. Deve-se também ao trabalho inicial que tivemos na 2ª Divisão, com as orientações do Corinthians Alagoano, afirma. Padrinhos Segundo ele, o Corinthians ajudou ao Coruripe estruturalmente. Agradeço ao João Feijó e ao Eurico Beltrão por terem nos ensinado o caminho certo para poder chegar onde estamos hoje. Trabalhando sério, pagando em dia. Hoje o Coruripe está com tudo em dia, não deve a ninguém. Trabalhamos com os pés no chão, orgulha-se. Irregularidades Maicon Beltrão também se possicionou ao responder se não temia irregularidades na 1ª Divisão do Alagoano, a exemplo do que aconteceu na 2ª Divisão deste ano no Campeonato Alagoano. Não temo. Se a competição teve muitos jogadores irregulares não foi culpa da FAF [Federação Alagoana]. A culpa foi de alguns dirigentes que colocam (sic) jogadores irregulares, observa. Ele revela que aprendeu com o Corinthians Alagoano as dicas do futebol. Nós aprendemos com o Joao Feijó e com o Eurico Beltrão a buscarmos sempre saber como está a situação dos jogadores no TJD [Tribunal de Justiça Desportiva], quando os contratamos. É isso que os dirigentes das outras equipes devem fazer também, completa. Nós confiamos na estrutura da FAF, emenda. Onda verde de volta Interrogado se o Coruripe vai mesmo entrar em 2006 para ser campeão, para fugir da fama e da velha máxima do futebol de ser um time que nada, mas morre na praia, como aconteceu nos dois anos anteriores no Campeonato Alagoano (2004 e 2005) e reviver a fama de Onda Verde que notabilizou o time na Série C do Brasileiro deste ano, com a excelente campanha que mobilizou a cidade, Maicon Beltão avisa: A gente sempre entra em toda competição para tentar ser campeão. E vamos tentar ser campeões em 2006. Tentamos em 2004, não conseguimos, fomos vice. Em 2005, foi do mesmo jeito, novamente vice, e vamos tentar ser campeões com todas as forças do torcedor da cidade e da região que simpatiza pelo Coruripe, finaliza o dirigente. |WS/FM ### Dirigente explica situação de Edson Di Em relação à negociação envolvendo o atacante Edson Di, considerado um ídolo na cidade e objeto de desejo do CRB e de clubes como Náutico e América-RN, Maicon explica como está a situação, o acordo com o Galo e se não considera um risco para a cabeça do jogador tantas propostas recebidas. Apesar do atacante garantir que vai continuar no Alviverde. Antes de conversarmos com o CRB, falamos com o Edson Di. Ele foi o primeiro a dizer que não jogaria contra o Coruripe no Alagoano, porque foi a equipe que o reprojetou. Ele jogou no Corinthians-SP e ficou por baixo. Agora, pela campanha na Série C, foi o Coruripe que o reprojetou. Ele tem um carinho muito grande pelo clube e pela torcida. E prossegue: Quanto a isso estou despreocupado, pois ele disse que não jogaria contra o Coruripe no Alagoano. Mas no Brasileiro ele disse que preferia ir para uma equipe da Série B. Como somos alagoanos, vamos ajudar o CRB, explicou. Sobre como o alviverde está se preparando para encarar o desafio em 2006, Maicon destacou que a base deste ano poderá fazer a diferença. Mantivemos 80% do nosso elenco da Série C e contratamos mais seis jogadores para o Alagoano, informa. Entre as novas caras no Hulk, o mais conhecido é Calmon, centroavante, que estava no Grêmio de Maringá-PR, foi artilheiro da 2ª Divisão e atuou pelo Avaí-SC. A expectativa é que ele seja o homem-gol. Sobre o episódio envolvendo o ex-artilheiro do ASA deste ano, Roni, que deixou o Coruripe na mão e deu um balão (drible) na diretoria do clube para ir para o Bahia, Maicon diz como recebeu o fato. Falamos com ele por telefone. Acertamos todos os detalhes. Eu disse a ele que ligaria para mandar a passagem para Santa Catarina. Pegamos o nome dele completo, mandamos a passagem, ele aceitou, anotou tudo e ficamos esperando. E finaliza: Mandamos o carro ir pegá-lo, no dia 6, mas ele não apareceu. Na terça de manhã, quando cheguei em Coruripe me disseram que ele não tinha aparecido. Liguei para ele durante a semana e nada. Só vim saber que ele estava no Bahia na sexta (dia 9), pela matéria publicada na Gazeta. Até hoje ele não deu satisfação. Se quiser eu ligo agora para ele, mas quando ele vê o código 082, de Alagoas, não atende. |WS/FM

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