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Nº 5692
Esportes Câmara decisória do Comitê de Ética considera Teixeira culpado de crimes de suborno

Ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira é banido para sempre do futebol

Câmara decisória do Comitê de Ética da Fifa considera ex-dirigente culpado de crimes de suborno e ele está proibido de exercer atividades ligadas ao esporte

Por GLOBOESPORTE.COM | Edição do dia 30/11/2019 - Matéria atualizada em 30/11/2019 às 06h00

GLOBOESPORTE.COM

A Fifa anunciou nessa sexta-feira (30) o banimento perpétuo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira do futebol, por conta de violações no Código de Ética. Segundo comunicado, a câmara decisória do Conselho de Ética da entidade considerou Teixeira culpado de crimes de suborno, aplicando a pena, que o proíbe de exercer atividades ligadas ao futebol para sempre. Ele também foi multado em 1 milhão de francos suíços (R$ 4,2 milhões). O advogado de Ricardo Teixeira, Michel Assef Filho, declarou que vai recorrer da decisão ao Comitê de Apelação da Fifa.

A investigação do Conselho de Ética analisou atividades de Ricardo Teixeira entre 2006 e 2012, focando em contratos da CBF, Conmebol e Concacaf com empresas de mídia e direitos de transmissões de TV. O conselho considerou que Teixeira violou o artigo 27 do Código de Ética, que diz respeito a suborno, e decidiu pela pena máxima – imposta também aos ex-presidentes da CBF Marco Polo Del Nero e José Maria Marín.

"Eu entendo que esse resultado no âmbito da Fifa era previsível, por ter havido cerceamento de defesa, e que tenho confiança de que o Tribunal de Justiça Suíço reformará a decisão para absolvê-lo, já que nessa esfera os princípios processuais serão observados e respeitados", disse Michel Assef Filho.

Teixeira presidiu a CBF entre 1989 e 2012, por cinco mandatos seguidos, e também ocupou cargos nos Comitês Executivos da Fifa e da Conmebol. Ele foi acusado de receber e distribuir propinas em contratos com empresas de mídia, desde que veio à tona o escândalo que levou para a cadeia dezenas de dirigentes do alto escalão da Fifa, em 2015.

O processo conduzido pelo FBI e a Justiça dos EUA pôs Teixeira como um dos pivôs de um esquema de corrupção. Um relatório feito pelo advogado Michael Garcia em 2014, que só veio à tona em 2017, afirmou que Ricardo Teixeira violou seis artigos do Código de Ética: 13 (regras gerais de conduta), 15 (lealdade), 19 (conflito de interesses), 20 (oferecer e aceitar presentes e outros benefícios), 21 (propina e corrupção) e artigo 22 (comissão).

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