A tragédia no Ninho do Urubu, quando dez jovens das categorias de base do Flamengo morreram em um incêndio, completa um ano neste sábado (8) e ainda gera muita polêmica. Nessa sexta (7), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) convocou o presidente do clube, Rodolfo Landim, e o vice geral e jurídico, Rodrigo Dunshee, e outros dirigentes para prestar depoimento, mas eles não compareceram e o presidente da CPI, deputado Alexandre Knoploch (PSL), disse que vai convocá-los novamente, porém, com condução coercitiva em caso de ausência.
Segundo o deputado, na próxima sessão, caso os dirigentes não se apresentem, a Polícia Civil deverá conduzi-los para a Alerj, para que o depoimento seja prestado. O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, também convocado, conseguiu um voo de Brasília, onde estava, para comparecer.
Diante dos problemas gerados, o Flamengo enviou rapidamente seu CEO, Reinaldo Belotti, mas o mesmo não estava dentre os convocados. Familiares das vítimas também foram chamados. Wedson Candido de Matos, pai de Pablo Henrique, um dos mortos na tragédia, acusou o clube de ter abandonado os familiares.
O Ministério Público está agindo e os dirigentes do Flamengo poderão responder criminalmente pelo incêndio. A postura de alguns tem irritado os familiares. Recentemente, um dirigente falou na FlaTV em “virar a página”, o que revoltou a família das vítimas.