Os Jogos Paralímpicos 2020, marcados para começar no dia 25 agosto e terminar no dia 6 de setembro, em Tóquio, estão mantidos.
Apesar da confirmação do Comitê Olímpico Internacional, os atletas podem chegar na competição com a preparação física prejudicada. Isso deve acontecer porque os treinamentos foram paralisados por conta do surto de coronavírus.
Com a grande proliferação do COVID-19, academias e centros de treinamento estão suspendendo atividades e os atletas estão se virando como podem.
Esse é o caso de Yohansson Nascimento, atleta paralímpico alagoano, que compete na classe T46 (amputados de membros superiores) de atletismo. Ele treina em São Paulo, mas decidiu vir para Maceió treinar e ficar ao lado da família.
"O COI mantém a posição de realização dos Jogos, então eu não posso parar de treinar", desabafou o atleta, à Gazeta de Alagoas.
Ele ainda comentou que tenta se manter em forma, mas que os treinamentos executados agora não são ideais. Sobre a realização das Paralimpíadas, ele classificou como "prejudicial para o mundo todo".
"O atleta quer dar 100% até no treinamento. Fica todo mundo prejudicado. Uns mais; outros, menos. Eu não sei quais impactos esse surto pode ter nos atletas como um todo, mas sei que, com toda certeza, está afetando a preparação de todo o mundo", disse o atleta.
O COI se reuniu com a alguns atletas olímpicos e, como explicação para a manutenção das Olimpíadas, afirmou que quatro meses ainda estão pela frente e que ainda é cedo para cancelar o grande evento esportivo.
"Estamos nas mãos do COI. Enquanto eles disseram que os Jogos estão mantidos, a gente não vai poder fazer nada. Nós não podemos chegar e falar que não vamos mais participar, porque atletas de outros países vão. Temos que continuar treinando", finalizou Yohansson.