Apesar do longo período até as novas datas das Olimpíadas de Tóquio, anunciadas ontem (30), ainda não se tem até o momento uma previsão concreta sobre a chance da pandemia global de coronavírus ter sido controlada até a metade do ano que vem. Adiados justamente por causa do grave problema, os Jogos acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.
“Ainda não se sabe se as infecções por Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, podem ser drasticamente reduzidas no próximo verão (no Hemisfério Norte), mas se prevê que o ritmo da propagação desacelere”, afirmou o diretor da Associação de Doenças Infecciosas do Japão, Kazuhiro Tateda, à agência de notícias japonesa Kyodo.
CEO do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, Toshiro Muto segue a linha do especialista japonês, mas nutre a esperança de que a medicina possa achar soluções para acabar com a pandemia o quanto antes. “Se me perguntarem se o coronavírus estará instalado no verão do ano que vem, não posso dizer se vai estar absolutamente tudo bem. Mas se algo assim acontecer, não apenas o Japão, mas também o resto do mundo estará em uma situação devastadora”, comentou Muto durante conferência de imprensa, ontem.
Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Tomas Bach está mais animado em relação ao controle da pandemia até a metade de 2021. “As Olimpíadas poderão ser a celebração da humanidade depois de superar o desafio sem precedentes do coronavírus”, disse, em nota da entidade.
As Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo COI no dia 24 de março por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após uma teleconferência entre Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, para resguardar a segurança de atletas, técnicos e de todos que participariam diretamente ou indiretamente da competição.