Assim como no ano passado, o CSA tem alguns nomes de peso no elenco que são conhecidos nacionalmente. É o caso do volante Márcio Araújo. Dono de uma carreira vitoriosa e de muito prestígio, o jogador chegou ao clube alagoano em fevereiro, mas não teve tempo parar mostrar seu futebol em campo. Apesar disso, ele contou que deu para sentir o clima com os colegas de equipe e recebeu um belo cartão de visitas da torcida azulina.

“Fui muito bem recebido, foi um período bom. Infelizmente foi muito curto, não tive tempo de estrear, mas já valeu a pena o tempo que passei treinando, conhecendo meus companheiros e sentindo o calor da torcida em um jogo aqui em Maceió”, disse ele, à TV Gazeta.

A história do jogador com o Azulão precisou ser interrompida antes mesmo de ele entrar em campo por conta da paralisação das atividades em razão da pandemia da Covid-19, mas ele confessou que passou a ver o clube com outros olhos depois que veio à capital alagoana para enfrentar o CSA pela Série A do Brasileiro quando ainda atuava na Chapecoense, ano passado. E se existe alguém que foi determinante para o ‘sim’ do volante, esse alguém é Alecsandro, centroavante marujo.

“Eu lembro que, quando joguei aqui no ano passado, contra o CSA, o Alecsandro tinha comentado como era o clube, a forma como era gerido e a como as coisas estavam acontecendo. É algo raro, principalmente no Nordeste. A gente sabe que a estrutura é menor, o investimento é menor, às vezes as pessoas que gerem o clube não dão valor. Quando aconteceu isso [a proposta], não pensei duas vezes, até pelo feedback que tive de uma pessoa que esteve aqui no ano passado e continua este ano”.

Na temporada, Márcio Araújo foi relacionado pela primeira vez na derrota do CSA, por 1x0, para o Fortaleza, na Copa do Nordeste, e voltou a ser opção do técnico Eduardo Baptista na goleada, por 4x0, sobre o Frei Paulistano, pela mesma competição. Já pensando na estreia pelo clube na volta das partidas, ele tem se dedicado aos treinos, que ainda estão sendo de maneira remota, com cada um em suas casas.

“Como a gente já tem essa vivência de treinamento, então acaba sentindo falta. Por mais que seja mínimo, não tenha o esforço máximo como temos no campo, isso acaba nos ajudando. Por mais que seja algo novo, que a gente tenha que se adaptar, não só atletas, mas comissão e o pessoal que tem passado esse trabalho para nós, tem surtido efeito”.

E em meio à rotina de treinos, viagens e jogos, muitos jogadores estão aproveitando a disponibilidade de tempo para curtir com a família. O volante também comentou que tem conseguido passar bem o tempo ao lado das pessoas que ama.

“Aproveito muito mais a família, esposa e filhos. Tenho aproveitado para estudar também. São coisas que a gente não tem tanto tempo, até pela nossa vida de atleta, porque tem treino todo dia e viagens”.

O jogador chegou a fazer parte da equipe sub-20 do antigo Corinthians Alagoano e teve passagens por Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras, onde, inclusive, foi campeão da Copa do Brasil em 2012. Com um currículo repleto de experiência, o maranhense de 35 anos não pensa em largar o campo nem tão cedo.

“É claro que não dá para fazer projeções, a gente consegue fazer um balanço da carreira ano a ano quando chega nessa reta final. Estou querendo prolongar pelo maior tempo possível. É o que a gente sabe fazer e ama e, enquanto tiver fôlego e puder ajudar dentro de campo, vai estendendo”, finalizou Márcio Araújo.

* Sob supervisão da editoria de Esportes.