O Cruzeiro vive uma enxurrada de ações na Justiça do Trabalho de Belo Horizonte, nos últimos meses, o que tem provocado, em alguns casos, bloqueios de valores na conta e que tem influenciado até no pagamento dos salários de funcionários e atletas. Atualmente, são 113 casos ativos discutidos na Justiça. Com um grande volume, o clube contratou um escritório de advocacia de Belo Horizonte para atuar nos processos.
Nos últimos dias, movimentações processuais na Justiça do Trabalho mostraram a inclusão de advogados membros do escritório Ferreira e Chagas Advogados. Eles estão cadastrados conjuntamente com membros da superintendência jurídica do clube, agora com Flávio Boson à frente. Foi Boson quem procurou o escritório, segundo apurou a reportagem.
Consulta do GloboEsporte.com mostra que, dos 113 processos ativos, 36 surgiram nos primeiros seis meses de 2020. Boa parte deles ligada a jogadores do time profissional, ex-membros da comissão técnica e até de diretores, como foi o último caso que veio a tona, de Amarildo Ribeiro, ex-diretor da base, que pede mais de R$ 577 mil na Justiça.
Há também de funcionários, que reclamam os atrasos nos pagamentos e do não cumprimento das rescisões dos contratos de trabalho. Assim como os profissionais do futebol. O passivo trabalhista é uma das grandes preocupações da diretoria do clube mineiro neste momento. Nos últimos quatro anos, são 84 processos. E eles vêm crescendo ano a ano.
Os casos na Justiça do Trabalho envolvendo o clube nos últimos quatro anos: 2020 – 36 processos; 2019 – 23 processos; 2018 – 21 processos; e 2017 – 4 processos.