A manhã dessa terça-feira (22) foi de protestos na porta da Toca da Raposa, centro de treinamentos do Cruzeiro. Cerca de 50 torcedores entoaram gritos com pedidos de raça e chamando o time de “sem vergonha”. A Raposa está em 15º lugar na Série B do Campeonato Brasileiro.
Alguns dos cruzeirenses que estavam no local deram chutes no portão principal de acesso à Toca da Raposa e também o “escalaram”, olhando por cima dele, no momento em que o técnico Ney Franco comandava o segundo treinamento da semana. Bombas também foram atiradas, mas somente do lado externo da Toca, próximo ao muro.
Naquele momento, só havia segurança privada do Cruzeiro, mas a Polícia Militar foi chamada. Vale lembrar que, no ano passado, em meio aos resultados ruins, alguns integrantes de uma organizada do clube invadiram o CT.
No protesto da manhã de ontem,o maior pedido era por raça: “Time pipoqueiro, tem que ter raça pra jogar no meu Cruzeiro” e “Raça! Raça! Raça!”
A diretoria também foi alvo do grupo que esteve na Toca da Raposa. Os gritos contra o presidente, Sérgio Rodrigues, foi sobre o fato de o clube pedir ajuda financeira ao torcedor, mas não o escutar na hora de tomar decisões. As lives frequentes também foram criticadas: “Ôh, ôh, ôh, ôh, pede dinheiro, mas não escuta o torcedor” e “Time de mongol, live é o c***, eu quero é futebol”.
O superintendente de futebol, Benecy Queiroz, também foi alvo. A torcida, já há algum tempo, critica o dirigente, que trabalha no Cruzeiro há mais de 60 anos, questionando qual a utilidade dele no clube: “Ôh, Benecy, vai se f****, o meu Cruzeiro não precisa de você”.
Com uma vitória nos últimos oito jogos, o Cruzeiro soma apenas oito pontos na Série B,já que começou a competição com seis pontos negativos, em função de uma dívida na Fifa. O próximo jogo da equipe é na sexta-feira (25), às 21h30, contra o Avaí, pela 11ª rodada do torneio nacional.