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Nº 5856
Esportes Desempenho ruim fora de casa ainda segura o CSA do técnico Mozart na Série B

Campanha fora de casa afasta Azulão do G-4

CSA somou poucos pontos como visitante nesta Série B

Por RAPHAEL SILVA | Edição do dia 16/11/2020 - Matéria atualizada em 16/11/2020 às 04h00

Jogar fora de casa não está sendo uma boa para o CSA. A equipe vem encontrando muitas dificuldades para enfrentar seus adversários longe do Rei Pelé nesta Série B.

O time do Mutange venceu apenas uma vez como visitante e vê os pontos não conquistados na estrada se transformarem em um empecilho na luta pelo acesso à primeira divisão da principal competição nacional. O time azulino já chegou a frequentar o grupo dos quatro melhores times do campeonato, mas hoje ocupa a 9ª colocação e vê o G-4 cada vez mais longe a cada desafio, principalmente fora de casa. A equipe soma 28 pontos na competição e está a seis do Juventude, último colocado na zona de acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro.

Porém, o panorama do Azulão até que está positivo em relação ao que já foi um dia. Após ser assolado por um surto do novo coronavírus, a equipe já amargou na lanterna da competição e conseguiu uma incrível arrancada, quando conseguiu engatar 12 jogos com apenas uma derrota, mas continuou encontrando dificuldades como visitante.

Além do triunfo sobre o Vitória em Salvador – o único fora de casa até aqui –, o Azulão empatou quatro partidas e saiu derrotado em outras seis ocasiões. Ou seja, em 30 pontos possíveis nos onze jogos disputados longe de Maceió, o esquadrão marujo conseguiu conquistar apenas seis pontos – muito pouco para quem quer subir.

Os gols sofridos fora de casa quase que duplicam em comparação com o rendimento como mandante. No Trapichão, o Azulão teve suas redes balançadas sete vezes em onze situações. Já atuando fora dos seus domínios, a situação é complicada: foram 14 bolas que atravessaram os postes azulinos e balançaram o capim no fundo da meta.

A ofensiva azulina não consegue acompanhar o déficit da retaguarda. Foram apenas sete tentos anotados na campanha como visitante, metade das vezes em que a equipe viu a bola encontrar os barbantes que defende. O ataque marujo nunca chegou a fazer dois gols em uma partida que não foi disputada no Rei Pelé e não conseguiu marcar mais de uma vez na casa do adversário.

ROTATIVIDADE DOS TREINADORES

Em média, um treinador permanece cerca de seis meses no comando de uma equipe do futebol brasileiro. A sequência de resultados negativos e as eliminações são os principais motivos que ajudam a explicar a dança das cadeiras de técnicos no País.

Quando analisados os períodos destas mudanças no comando técnico do Azulão em 2020, podemos notar que a temporada não começou como estava nos planos da equipe maruja.

O clube anunciou que um dos objetivos para o primeiro semestre deste ano era acumular o “máximo de gordura possível” para se manter tranquilo entre as quatro primeiras equipes que figuram a zona de acesso a elite do futebol nacional. Contudo, o início de temporada preocupou a torcida.

Inicialmente, para comandar a equipe, a diretoria trouxe o técnico Maurício Barbieri. O trabalho no Flamengo e no Goiás pesou na escolha do treinador. Mas em Alagoas o sucesso não se repetiu, e o CSA teve que amargar péssimos resultados. Para a vaga de Barbieri, o clube apostou em Eduardo Baptista, ex-Vila Nova, mas o trabalho acabou não dando certo. Pela Série B, o técnico esteve à frente do comando azulino em quatro jogos. Porém, infelizmente, o time não obteve resultados positivos fora de casa e acumulou duas derrotas longe do Rei Pelé. Durante esse meio tempo, o clube viu 21 jogadores serem contaminados pelo novo coronavírus.

Mesmo com todos esses problemas, a diretoria achou que era melhor mudar a comissão técnica, por conta do futebol apresentado. Para a substituição do treinador, o Departamento de Futebol do Azulão anunciou o nome de Argel Fucks. O barulho foi grande em Alagoas. Além da cobrança direta a jogadores como reflexo, principalmente, da campanha até ali ruim na Série B, os presentes no ato de protesto reclamaram da iniciativa em trazer novamente o treinador que, em 2019, deixou o comando do Azulão para dirigir uma equipe que concorria diretamente para escapar do rebaixamento, o Ceará. Mas, a pressão por falta de resultados pesou, onde, após 18 dias e nenhuma vitória pelo comando do Azulão, a direção do time marujo comunicou que Argel não seria mais o treinador da equipe, amargando o CSA na lanterna da competição.

EXPECTATIVA

Mozart chegou ao CSA em setembro. Agora, o comandante tem como missão reverter o desempenho ruim do clube fora de seus domínios, para que assim, o time conquiste resultados expressivos em busca de não morrer na praia e conseguir o tão sonhado retorno à primeira divisão do futebol brasileiro. Até aqui, Mozart comandou a equipe em sete partidas longe do Rei Pelé, trazendo para casa seis de 18 pontos possíveis, desde que assumiu o comando.

* Sob supervisão da editoria de Esportes.

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