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Nº 5694
Esportes Maradona teve morte prematura aos 60 anos de idade, na semana passada

Coração de Maradona é extraído para autópsia

Autoridades de Justiça terminaram de recolher os materiais de sangue, urina, mucosa e outras partes do corpo do ex-jogador, que faleceu na semana passada

Por GLOBOESPORTE.COM | Edição do dia 02/12/2020 - Matéria atualizada em 02/12/2020 às 04h00

As autoridades de Justiça terminaram de recolher os materiais de sangue, urina, mucosa e outras partes do corpo de Diego Maradona, que faleceu na semana passada, aos 60 anos. Elas darão início nesta quarta-feira (2) aos principais estudos a respeito das causas da morte dele. Segundo informações do site “Data Clave”, foi retirado na autópsia até o coração inteiro, que apresentava peso duas vezes maior do que o normal.

Esse material será destinado para análise em diferentes laboratórios, como parte dos trabalhos complementares solicitados pelos médicos forenses que fizeram a autópsia de Maradona. O objetivo é fazer estudos toxicológicos, para investigar se o corpo tinha rastros de consumo de álcool, drogas ou algum outro tipo de substância nas horas anteriores a sua morte.

Ainda segundo as informações do “Data Clave”,o coração de Maradona sofria de “cardiomiopatia dilatada” e pesava 500g, quase o dobro de um normal. As autoridades de perícia pretendem analisar como estava o funcionamento do sistema de cardíaco do ex-jogador.

Os porta-vozes da investigação sobre a causa da morte de Maradona afirmam que não haverá resultados finais nesta quarta (2), mesmo de estudos mais rápidos em cima da urina e do sangue. Conforme as conclusões iniciais da equipe forense, Maradona morreu como resultado de um “edema agudo de pulmão secundário à insuficiência cardíaca crônica exacerbada”.

A morte do craque promete render longos capítulos na Justiça argentina.O jornal “Olé” afirma que os depoimentos colhidos nos últimos dias e o material coletado em computadores e celulares indicam que houve brechas que podem ser apontadas como falhas nos cuidados com o ex-jogador em seu processo de recuperação de uma cirurgia no cérebro.

Um dos principais problemas seria a falta de estrutura na casa para onde ele foi depois de receber alta, 14 dias antes de morrer. A publicação diz que uma fonte dentro do MP aponta que houve um “descontrole total e absoluto” e aponta que a residência – dentro de um condomínio fechado na região de Tigre – precisou de uma série de adaptações para poder receber o Pibe. 

A casa contaria com quatro quartos e banheiros privados no segundo andar, onde, porém, Maradona não conseguia chegar. Sem condições de subir e descer escadas, ele teria sido acomodado em um quarto infantil, onde teria sido alocado um banheiro químico para o uso do craque. Além disso, uma série de demandas solicitadas pela psiquiatra de Maradona, doutora Agustina Cosachov, não teriam sido atendidas.

É neste ponto que entrariam as brechas que o Ministério Público de San Isidro investiga e pode transformar alguns dos envolvidos em réus por homicídio culposo. As três filhas de Maradona (Jana, Gianina e Dalma) teriam citado “promessas não cumpridas” em seus depoimentos, segundo o “Olé”.

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