Zagallo j� defende Rom�rio na Sele��o
Rio - O técnico brasileiro tetracampeão mundial, Mário Jorge Lobo Zagallo, criticou o atual treinador da Seleção, Luiz Felipe Scolari, por sua resistência em convocar o veterano Romário e pelo esquema tático adotado, que considerou muito defensivo. Há
Por | Edição do dia 05/04/2002 - Matéria atualizada em 05/04/2002 às 00h00
Rio - O técnico brasileiro tetracampeão mundial, Mário Jorge Lobo Zagallo, criticou o atual treinador da Seleção, Luiz Felipe Scolari, por sua resistência em convocar o veterano Romário e pelo esquema tático adotado, que considerou muito defensivo. Há dois anos, eu imaginava que, aos 36 anos, Romário não estaria em condições de disputar um mundial. Hoje, não tenho dúvidas de que esteja (em condições), porque está jogando bem e marca muitos gols. Caso eu estivesse no comando da Seleção, eu o levaria para a Copa, disse Zagallo, que se retirou do futebol no fim do ano passado, depois de completar 70 anos de idade. Ele assegurou que, sob seu comando, Romário sempre foi um jogador disciplinado. Romário nunca me criou problemas em um mundial. Nunca quebrou as regras, assegurou o treinador. Zagallo também criticou o esquema tático com três zagueiros e dois volantes, adotado por Scolari desde que assumiu o comando da Seleção Brasileira, em junho do ano passado. Se fosse o técnico, não utilizaria o esquema 3-5-2, porque os brasileiros não estão preparados para jogar assim. É um sistema muito defensivo, afirmou. Vale lembrar que Zagallo já teve atritos com Romário no passado. Quando integrava com Carlos Alberto Parreira a comissão técnica da Seleção Brasileira para a Copa de 1994, o atacante só foi chamado para a última e decisiva partida do time contra o Uruguai pelas eliminatórias. Até então a dupla ignorava os apelos populares pela convocação do jogador. Outro episódio foi quando Romário pôs uma caricatura do treinador nas portas de um dos banheiros do bar que inaugurou no Rio de Janeiro. Zagallo chegou a processá-lo pelo fato. No tocante a aspectos táticos, Zagallo também sempre foi partidário de um sistema conservador. Em 1994, a Seleção jogava com uma dupla de volantes marcadores: Dunga e Mauro Silva. Em 1998, o fato se repetiu, mas com Dunga e César Sampaio pelo meio.