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Nº 5881
Esportes Presidente do CSA ainda afirmou ser favorável à paralisação do futebol no país

‘Não sabemos do amanhã', diz Tenório sobre base do CSA

Rafael Tenório anunciou paralisação das atividades nas categorias de base do Azulão na última sexta (5)

Por Daniel de Oliveira | Edição do dia 10/03/2021 - Matéria atualizada em 10/03/2021 às 04h00

A pandemia do novo coronavírus continua afetando fortemente os clubes de futebol. O CSA, que vivia uma boa situação fiscal antes da grave situação sanitária, precisou cortar da própria carne para poder arcar com as despesas. Na última sexta (5), o presidente Rafael Tenório anunciou a paralisação das atividades nas categorias de base para aliviar a folha do clube marujo.

Em entrevista ao Timaço da 98.3 FM, o comandante executivo do Azulão explicou que a medida foi adotada devido à indefinição do cenário atual, que culminaria em complicações financeiras.

“Fizemos uma reunião e, como não temos datas, consultamos a federação para suspensão por não participação. Não é justo que eu fique criando despesa, cláusulas trabalhistas, para uma coisa que não sabemos o amanhã. O CSA (base) não tem nem onde treinar. Por isso procuramos pagar as indenizações (de atletas e funcionários)”, esclareceu.

A situação complicada também afeta o time principal. Apesar da necessidade de desbravar o mercado para montar o plantel de 2021, é difícil que mais caras novas cheguem ao CT Nelson Feijó por enquanto. Rafael explicou que o time ainda sofre carências em alguns setores, mas que poderá fazer contratações quando o cenário estiver mais disposto ao planejamento.

“Tudo está dentro da nossa realidade. Quando sentamos com o departamento de futebol, estimulamos um valor que é dentro do limite. Já estamos no limite do nosso financeiro e não sabemos o dia de amanhã. A gente pode trazer quando tiver uma definição para suprir as necessidades”, disse o presidente azulino.


Pausa no futebol

Com a situação da pandemia cada vez mais complicada ao passar dos dias, alguns movimentos a favor da interrupção do futebol já se mostram presentes em federações estaduais no país. Rafael Tenório se mostrou adepto da paralisação, afirmando que o prosseguimento das atividades, além de trazer mais risco de saúde aos profissionais do meio, aumentaria as dividas dos clubes.

“Nós sabemos que os casos de Covid vêm aumentando muito. É uma solução que se encontra (a paralisação). Fazer futebol sem a torcida já é uma perda muito grande e, se por acaso, for suspensa alguma competição, só vai aumentar o prejuízo dos clubes, haja visto que as competições precisarão ser alongadas. No ano passado, foi preciso aumentar o contrato por dois meses para poder terminar a competição”, alegou o comandante executivo do Azulão.

“O que precisava era haver um consenso entre jogadores e direção do clube. Se houvesse um entendimento onde se pudesse fazer uma redução salarial, porque você teria que continuar pagando, eu seria completamente a favor”, concluiu Tenório.

* Sob supervisão da editoria de Esportes.

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