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Nº 5759
Esportes

CBF cria impasse com ligas ao decidir organizar o Brasileir�o

Rio – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) faz  questão de organizar o próximo Campeonato Brasileiro, além de todas as competições nacionais  a partir de 2003. Esta postura foi defendida por representantes de 27 federações estaduais que, juntamente

Por | Edição do dia 09/04/2002 - Matéria atualizada em 09/04/2002 às 00h00

Rio – A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) faz  questão de organizar o próximo Campeonato Brasileiro, além de todas as competições nacionais  a partir de 2003. Esta postura foi defendida por representantes de 27 federações estaduais que, juntamente com o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, estiveram presentes na assembléia geral de ontem na Granja Comary, em Teresópolis. Com isso, há um impasse com a recém-criada Liga Nacional. Enquanto Ricardo Teixeira esteve ausente da CBF, se recuperando de problemas de saúde, a CBF foi interinamente presidida por Alfredo Nunes. Este não fazia oposição à Liga Nacional e chegou a concordar que a nova entidade organizasse o Campeonato Brasileiro. Agora, a situação mudou. Até mesmo antigos opositores da administração da CBF, como o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto de Oliveira, deixaram seu discurso de lado e já não querem mais saber de ligas. Definição Organizado pela CBF ou pela Liga Nacional, o Brasileiro terá 26 clubes e os quatro últimos serão rebaixados, com somente dois clubes subindo para a divisão de elite. Os dirigentes das federações também articulam o esvaziamento das ligas regionais, para que dessa forma os Estaduais voltem a ser disputados nos moldes antigos já na próxima temporada. Acusado de diversos crimes pela CPI do Senado, Ricardo Teixeira evita contato com jornalistas e deixou a reunião antes da hora. Segundo ele, foi resolver problemas na Europa. Na bagagem, levou o apoio de cartolas do Brasil inteiro. Com o anúncio de que vai retomar a organização do Campeonato Brasileiro e acabar com a Liga Nacional de Clubes, a CBF enterra um acordo histórico pela moralização do futebol brasileiro. No dia 26 de junho de 2001, Carlos Melles, então ministro de Esportes e Turismo, fez o anúncio do novo calendário quadrienal brasileiro. O projeto revolucionário teve a presença ainda de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, Fábio Koff, presidente do Clube dos 13, e Pelé. Na época, a CPI do Futebol instalada no Senado estava no auge das investigações sobre Ricardo Teixeira. Inclusive, elaborou uma Medida Provisória encaminhada a Melles para realizar mudanças no futebol brasileiro, com possibilidade de intervenção federal em clubes e associações. O assunto perdeu força com a saída do ministro do cargo. Ontem, a CBF recuou em uma decisão tomada por ela mesma no dia 7 de dezembro, um mês depois do encerramento da CPI do Futebol, quando regulamentou a criação das ligas.

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