Fla e Flu fazem a final �s 16 horas no Maracan�
Rio Flamengo e Fluminense decidem, neste sábado de carnaval, às 16 horas, o título de campeão da Taça Guanabara, o equivalente ao 1º turno do Campeonato Carioca, em rigorosa igualdade de condições. Nenhuma das equipes leva vantagem sobre a outra e
Por | Edição do dia 21/02/2004 - Matéria atualizada em 21/02/2004 às 00h00
Rio Flamengo e Fluminense decidem, neste sábado de carnaval, às 16 horas, o título de campeão da Taça Guanabara, o equivalente ao 1º turno do Campeonato Carioca, em rigorosa igualdade de condições. Nenhuma das equipes leva vantagem sobre a outra e se o jogo terminar empatado o campeão será conhecido através da disputa de pênaltis. O Maracanã, que teve sua capacidade reduzida para cerca de 76 mil pagantes, estará lotado, pois desde ontem os ingressos estão esgotados. Muito embora a cidade já esteja respirando carnaval, o clima de festa estará apenas nas arquibancadas, pois os dois clubes querem e vão fazer tudo para conquistar o título e levar a festa para o gramado. O Fluminense entrará em campo mordido pela derrota de 4 x 3 na fase classificatória do torneio. Embora todos nas Laranjeiras neguem, o certo é que o Tricolor deseja como nunca se vingar do rival. E, para isto, conta com um elenco de estrelas de primeira grandeza: Romário, que ainda é dúvida, Edmundo, Ramon e Roger. Do outro lado, o Flamengo aposta cegamente suas fichas nos pés de um camisa 10 que vem desequilibrando as partidas neste início de ano. O meia Felipe surgiu no Vasco, passou por vários clubes daqui e do exterior, mas não há como negar que ele parece estar atingindo o seu momento mais especial defendendo as cores rubro-negras. Ao lado de Zinho, Júlio César, Rafael e do jovem Ibson, ele quer este título para confirmar que tem condições de voltar à Seleção Brasileira. Ainda mais que o técnico Carlos Alberto Parreira e o coordenador técnico Zagallo já confirmaram as suas presenças no estádio. A soma de todos estes ingredientes fará o Maracanã se transformar num caldeirão. Pena que apenas uma parte dos torcedores vá deixar o estádio comemorando o título. Os outros vão viver uma ressaca antecipada de quarta-feira de cinzas. Sem mistério Os dois treinadores decidiram não adotar a tática do mistério antes do jogo, embora pudessem arranjar motivos para isso. Na Gávea, Abel Braga preferiu revelar logo quem será o substituto de Da Silva, que cumpre suspensão automática por ter recebido, contra o Vasco, o terceiro cartão amarelo. Jônatas, que poderia ficar com a vaga, foi expulso na mesma partida. Com isto, quem ganhou a chance foi Róbson, de apenas 17 anos. Abel joga a responsabilidade do jogo nas mãos do Fluminense, pois segundo ele o tricolor tem um time melhor no papel: Vamos ter que ganhar na alma, porque no papel o Fluminense é melhor. Eles têm o Romário, o Roger, o Edmundo, o Ramon, o Leonardo e o Rodolfo, que podem decidir o jogo a qualquer momento, mesmo não estando nas melhores condições físicas. Por sua vez, Valdir Espinosa, que era técnico do Fluminense na decisão de 2001, quando o Flamengo venceu nos pênaltis (empate de 1 x 1 no tempo normal), será obrigado a carregar até momentos antes do jogo a dúvida maior chamada Romário. O atacante saiu do treino com um incômodo na panturrilha direita e não sabe se terá condições de jogar. Marcelo está de sobreaviso. Flamengo: Júlio César; Rafael, Henrique, Fabiano Eller e Roger; Róbson, Ibson, Zinho e Felipe; Jean e Diogo. Fluminense: Kleber; Leonardo Moura, Antônio Carlos, Rodolfo e Júnior César; Marcão, Marciel, Ramon e Roger: Edmundo e Romário (Marcelo). Árbitro: Luiz Antônio Silva dos Santos.