Era Emerson Le�o chega ao fim no Santos
Santos (SP) - A Era Emerson Leão no Santos terminou. Depois de exatos dois anos, o treinador deixou, ontem, o clube com o qual conquistou o Campeonato Brasileiro em 2002 e foi vice da Copa Libertadores da América de 2003. O presidente santista, Marcel
Por | Edição do dia 07/05/2004 - Matéria atualizada em 07/05/2004 às 00h00
Santos (SP) - A Era Emerson Leão no Santos terminou. Depois de exatos dois anos, o treinador deixou, ontem, o clube com o qual conquistou o Campeonato Brasileiro em 2002 e foi vice da Copa Libertadores da América de 2003. O presidente santista, Marcelo Teixeira, aceitou o pedido de demissão do técnico logo após a derrota por 4 a 2 para a LDU, em Quito, na noite de quarta-feira. Esta derrota foi a de ida das oitavas-de-final da Copa Libertadores, quando o time vencia por 2 a 0 na casa do adversário. Agora, na próxima terça-feira, os brasileiros precisam de uma vitória por três gols de diferença para avançar na competição. Leão colocou seu cargo à disposição depois de o time perder por 3 a 1 no último domingo na Vila, para o Cruzeiro, quando a torcida pediu sua demissão. Naquele momento, Teixeira evitou polêmica e manteve o treinador no comando, temendo um abalo ainda maior para seus atletas no Equador. Ex-técnico da Seleção Brasileira, Leão estava em sua segunda passagem pelo clube do litoral paulista desde maio de 2002 - a primeira foi entre janeiro de 1998 e julho de 1999. Nos dois períodos, ele disputou 244 jogos pelo time, conquistou 126 vitórias, empatou 63 vezes e sofreu 55 derrotas. Na temporada 2004, quando encontrou a maior resistência por parte da diretoria, torcida e, até mesmo, do elenco, ele comandou a equipe em 24 oportunidades, com 14 vitórias, quatro empates e seis derrotas. O estopim para a crise, que gerou ira da torcida e insatisfação dos dirigentes, foi a eliminação do Santos do Campeonato Paulista, quando foi goleado por 4 a 0 para o São Caetano em uma atuação apática. A isso sucedeu-se uma crise de relacionamentos, que culminou com as dispensas de Doni e Robson por parte da diretoria e a contestação do trabalho do técnico feita pelo meia Diego, que exigiu não ser mais substituído - nos primeiros 14 jogos no ano, ele foi trocado nove vezes.