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Nº 5798
Esportes

FAF imp�e estatuto para aprovar est�dios

FERNANDA MEDEIROS Com a participação de seis  clubes no Campeonato Alagoano da 2a Divisão - CSA, Penedense, Sete de Setembro, Dimensão  Saúde, América e CEO -, seis estádios de futebol seriam utilizados para os jogos dessas equipes,  mas a Federação Alag

Por | Edição do dia 06/06/2004 - Matéria atualizada em 06/06/2004 às 00h00

FERNANDA MEDEIROS Com a participação de seis  clubes no Campeonato Alagoano da 2a Divisão - CSA, Penedense, Sete de Setembro, Dimensão  Saúde, América e CEO -, seis estádios de futebol seriam utilizados para os jogos dessas equipes,  mas a Federação Alagoana de  Futebol (FAF) avisou com antecedência que iria passar um verdadeiro pente fino em todos eles,  para detectar se estão de acordo  com as exigências da Lei 7.262 de 2002, o tão propalado Estatuto de Defesa do Torcedor. E a “varredura” foi feita. Das seis praças esportivas, o Estádio João Batista, pertencente ao Sete de Setembro, no Tabuleiro, não passou no teste, sendo reprovado pela entidade-mor do futebol alagoano, para a prática do futebol. Isso porque a FAF impôs as normas contidas no estatuto. A exigência é que cada clube responsável por sua praça esportiva dote o local de estrutura, seja física ou de segurança e higiene, se assim quiser assistir aos seus jogos “em casa”. O presidente da Casa do Futebol, Raimundo Soares, é taxativo: “Fizemos as vistorias em todos eles, à exceção do Rei Pelé, pois já sabemos que tem estrutura. Os outros tivemos que percorrer um por um e verificar as condições. Aquele que não tinha estrutura foi vetado. Foi o caso do campo do Sete”, afirmou. Além do Estádio Rei Pelé, que será a sede do CSA, na Segundona do Alagoano, o campeonato será realizado no Estádio no Alfredo Leahy, em Penedo, a casa do Penedense; no estádio municipal de Olho D’Água das Flores, sede do Centro Esportivo Olho Dagüense (CEO); no municipal de São Luiz do Quitunde, onde o América detém o mando de campo; e em Paulo Jacinto, no Estádio João Neto, sede do Dimensão Saúde. Outro que também está na lista da FAF é o Nelson Peixoto Feijó, no Tabuleiro, mas com a inundação ocorrida por lá, em função das fortes chuvas em Maceió, poderá não ser utilizado, caso não seja recuperado a tempo. Inclusive, o Sete de Setembro pretende realizar seus jogos no Nelsão, já que seu estádio foi reprovado. De acordo com o Art. 4º do Estatuto do Torcedor, considera-se estádio, para os fins desta Lei, o local com instalações que bem acomodem os torcedores de forma a garantir a proteção de sua saúde, segurança e bem-estar e sendo apropriado para a respectiva prática de modalidade esportiva. Ainda segundo o relatório do estatuto, “o desrespeito ao torcedor, elemento fundamental para sobrevivência e desenvolvimento do esporte nacional, tem sido freqüente nas competições. Tal desrespeito vai desde a falta de transparência no estabelecimento das regras das competições a questões envolvendo a segurança e saúde pública. Neste último, impossível não lembrar a decisão do Brasileiro/92, onde um acidente na arquibancada envolvendo mais de 100 pessoas deixou quatro mortos e dezenas de feridos”. O relatório cita ainda a final da Copa João Havellange, em 1999, onde uma briga e a queda de parte do alambrado provocaram um acidente que deixou vários torcedores feridos. “Diante disso, não temos outra escolha senão determinar que os dirigentes dessas equipes façam com que seus estádios estejam de acordo com a legislação”, lembrou Soares. Comissão Para a realização da vistoria, a FAF possui uma comissão formada por representantes da própria entidade, bem como do Ministério Público Estadual, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária. São observados todos os itens que sejam necessários à segurança, qualidade das instalações físicas, conforto e higiene, tanto do torcedor, como de dirigentes, árbitros, atletas, pessoal de apoio, imprensa, enfim, todos os personagens do “espetáculo”. Nos quesitos de responsabilidade da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros são observados os locais onde vão ficar os envolvidos com o jogo, como arquibancadas, cabines de imprensa, vestiários, entradas e saídas para o público, distância dos alambrados para o gramado, local para a divisão das torcidas etc. Já nos quesitos de responsabilidade da Vigilância Sanitária, são observados os locais de bares, banheiros (para atletas e torcedores) e vestiários (jogadores e árbitros). “Tudo tem de estar em perfeitas condições de higiene e saúde pública, senão não é aprovado”, avisou Soares. Na vistoria realizada até o momento, apenas o Estádio do Penedense recebeu aprovação. O João Batista foi reprovado e o de Paulo Jacinto foi aprovado, mas com restrições, ou seja, alguns reparos terão de ser feitos. A vistoria no estádio do América estava prevista para ontem, e no do CEO será feita nessa semana. “A gente não pode vacilar, pois o Estatuto do Torcedor está aí e se não for cumprido poderá punir os responsáveis até com prisão. E não queremos isso para nós nem para os responsáveis pelos clubes”, finaliza o presidente da FAF.

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