
Seleção Brasileira visita Japão em 2º amistoso pré-Copa do Mundo
Plantel treinado por Tite vem de vitória avassaladora, por 5 a 1, contra a Coreia do Sul, em solo asiático
Por Guilherme Magalhães/Com Gazeta Esportiva | Edição do dia 04/06/2022 - Matéria atualizada em 04/06/2022 às 04h00
Na reta final de preparação para a Copa do Mundo do Catar, que será realizada no final deste ano, o técnico Tite tem gostado muito do que está vendo na Seleção Brasileira – na quinta-feira goleou a Coreia do Sul por 5 a 1, em Seul. Com apenas mais três amistosos pela frente, o Brasil entra em campo nesta segunda (6), para encarar o Japão, no Estádio Nacional, em Tóquio, às 7h20 (horário de Brasília).
Será o segundo amistoso, antes da estreia na Copa, contra a Sérvia, no dia 24 de novembro. O treinador destacou o equilíbrio e a união mostrados pelo grupo de jogadores após o último triunfo.
"Quando a gente tem atletas que entram e mantêm o mesmo nível, alguma coisa de bom essa equipe tem. Quando o atleta entra com o aspecto solidário que teve o Gabriel Jesus... Antes de marcar o gol, ele baixou (a linha) duas ou três vezes e fez cobertura de bola do outro lado, depois chegou na frente. É porque eles se gostam. E quando tem um time que se gosta, ele está muito mais perto de fazer algo a mais", afirmou.
O triunfo sobre os sul-coreanos foi a quarta consecutiva da Seleção Brasileira, que não perde há 10 jogos. Perguntado sobre o nível de atuação, Tite comparou o desempenho com as recentes goleadas contra Bolívia, Paraguai e Chile – todas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo –, mas ressaltou as dificuldades de jogar do outro lado do mundo.
"(A Seleção) Esteve em um patamar de desempenho parecido com nossos jogos recentes. E fazer isso fora de casa, em um ambiente diferente, com uma situação que vocês podem comprovar... Nosso relógio biológico, a cabeça fica muito difícil. Para mim, foi muito difícil. Tive que tomar um monte de café, para que pudesse ter essa capacidade. Se o atleta não estiver com a cabeça legal, não dá", pontuou.
Para o amistoso contra o Japão, Tite deve apostar em: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Fabinho, Bruno Guimarães, e Lucas Paquetá (Coutinho); Raphinha, Vinícius Júnior (Richarlison) e Neymar.
O Japão, por outro lado, vem de uma vitória relevante contra o Paraguai, também em amistoso. A seleção nipônica venceu por 4 a 1, com gols de Asano, Kamada, Mitoma e Tanaka. Derlis González fez o único gol paraguaio.
Para enfrentar o Brasil, a seleção japonesa deve vir com força máxima, ainda mais para testar suas peças para a Copa do Mundo. O Japão está no Grupo E, ao lado de Alemanha, Espanha e o vencedor de Costa Rica e Nova Zelândia. O técnico Hajime Moriyasu deve atuar com: Kawashima; Hiroki Ito, Nakayama (Itakura), Yoshida e Nagatomo; Endo, Haraguchi (Junya Ito) e Kamada; Mitoma, Kubo e Asano.
Sobre o compromisso contra o Japão, Tite quer a Seleção com o mesmo estilo de jogo e padrão mostrados contra a Coreia do Sul. "Precisamos manter padrão e dar sentido pra equipe. Quando não tem sentido de organização, não estamos dando oportunidade. Está jogando atleta para dentro. Então, procuramos ajustar. Também oportunizar, mas dentro do que fazem no clube e aqui na seleção".
Tite fez questão de elogiar a disposição mostrada por Neymar em campo. "Neymar é arco e flecha. Ele tem essa capacidade. No PSG, jogando mais atrasado em relação a Mbappé e Messi. Aqui, ele fica mais premiado, mais flecha, a equipe trabalha em função de dar criatividade a ele nesse aspecto. Temos equipe solidária. Quando o atleta entra com aspecto solidário que entrou o Jesus. Antes de marcar seu gol, ele baixou duas e três vezes. Quando tem um time que se gosta, está muito mais perto da vitória. Não é babar, é conhecer o futebol. Quando está propenso a fazer cobertura, isso te traz uma relação que o grupo está se formando", afirmou o treinador, relembrando o bom ambiente.
"Não são só aspectos positivos, estou chateado com o Fabio (Mahseredjian, preparador físico) que me levou em passeio que tinha que subir escada e estou com meu joelho doendo até agora (risos). O César Sampaio também, com o quadril. Eu não sou um cara invasivo, tento ser mais discreto. mMas fomentar esse estilo de relação. Eu não tenho esse lugar de fala, mas tem dois jogadores de seleção brasileira, um campeão do mundo (Juninho Paulista e César Sampaio), que têm lugar de fala", complementou Tite.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.