Paes pede paciência à torcida do CRB: 'já estive do outro lado'

As últimas apresentações do CRB não têm agradado nem um pouco ao torcedor regatiano. O time campeão alagoano da temporada, que vinha conquistando vitórias atrás de vitórias, inclusive, fez uma boa participação na Copa do Brasil, onde alcançou a 3ª fase, hoje parece ser uma outra equipe.

Os resultados não aparecem. Na Série B do Brasileiro, o Galo tem deixado a desejar. São, até o momento, dois empates, duas derrotas e apenas uma vitória. O Alvirrubro ocupa a 15ª posição na tabela, com apenas cinco pontos, e está ameaçado pela zona de rebaixamento.

Tal situação tem deixado o torcedor regatiano apreensivo, com uma pulga atrás da orelha. Até mesmo para ir aos jogos a torcida alvirrubra anda meio ressabiada. Os jogos mostram um público pequeno, o torcedor não tem prestigiado a equipe nem a competição.

“MAIOR PATRIMÔNIO”

Em entrevista a um programa local, o executivo de futebol do CRB, Thiago Paes, falou sobre o atual momento do clube, em relação ao torcedor, que necessita de uma resposta imediata do time em campo nesta Segundona nacional. Ele reconhece que o torcedor é o maior patrimônio de um clube e, por isso mesmo, não se pode bater de frente com a torcida, mas garantiu que a direção regatiana trabalha sempre em prol da torcida e com o objetivo de levá-la de volta aos estádios para apoiar a equipe.

“Eu costumo dizer que o torcedor é o principal patrimônio do clube. A gente respeita o lado emocional. A gente sabe que o torcedor é passional, vive da emoção e, muitas vezes, do momento. Não tem como se bater nunca de frente com o torcedor nem querer ensiná-lo a torcer. A gente tem que respeitar, trabalhar e dar resultado para ele. É o que a gente fala internamente e o que busca fazer sempre”, destacou.

JÁ FOI TORCEDOR

Paes disse, ainda, que não cabe a ele dizer o que tem que ser mudado na torcida. Afinal, Thiago Paes também já foi torcedor e sabe muito bem da irritação dos adeptos quando o time não vai bem, quando perde seus jogos.

“Não cabe a mim falar o que é que tem que mudar no torcedor, eu entendo perfeitamente. Eu já estive do outro lado, já fui um dia torcedor de algum clube e eu sabia que eu ficava muito chateado, quando ele estava perdendo. Eu xingava, eu cobrava. Eu dizia que estava tudo errado, mas hoje a gente estando no lado profissional, enxerga as coisas com outra ótica, mas a gente trabalha sempre para o nosso torcedor”, garantiu.

Ele pede paciência aos regatianos e encerra, deixando uma mensagem de esperança aos torcedores. “A gente sabe que nesse momento de dificuldade é natural que eles (torcedores) estejam chateados. Então, cabe a gente trabalhar, voltar a vencer e voltar a trazê-los para encher o estádio, nos apoiar, como eles sempre faziam”, afirmou o dirigente alvirrubro.