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Nº 5822
Esportes

Venda da camisa de Pel� ainda gera pol�mica

FERNANDA MEDEIROS Quando decidiu leiloar a camisa que Pelé usou na final da Copa do Mundo de 1958, para angariar recursos que pudessem ser utilizados na reforma do Museu dos Esportes Edvaldo Alves Santa Rosa, no Estádio Rei Pelé, o diretor do museu, Laut

Por | Edição do dia 03/02/2005 - Matéria atualizada em 03/02/2005 às 00h00

FERNANDA MEDEIROS Quando decidiu leiloar a camisa que Pelé usou na final da Copa do Mundo de 1958, para angariar recursos que pudessem ser utilizados na reforma do Museu dos Esportes Edvaldo Alves Santa Rosa, no Estádio Rei Pelé, o diretor do museu, Lauthenay Perdigão, não imaginava que fosse haver tanta confusão, tanta polêmica. E por causa disso, ele já se diz arrependido de ter colocado a maior relíquia do museu para leilão. “Se eu soubesse que essa medida iria gerar tantos problemas, teria ficado com a camisa”, disse. Se não bastasse a confusão criada por Pelé, que quando soube do leilão insinuou que a camisa seria falsificada, agora surgem outros problemas. É que até o momento o museu não recebeu nenhum tostão do valor da peça, arrematada por US$ 105.600 – cerca de R$ 301 mil, na época –, em Londres, Inglaterra, na tradicional casa de arremates Christie’s. O leilão foi realizado no dia 21 de setembro do ano passado. Mas o pior de tudo isso, segundo afirma Lauthenay, diz respeito ao fato de a família do alagoano Dida – foi ele quem trouxe a camisa para Maceió e deu ao museu – estar brigando para também receber o dinheiro do arremate. “O dinheiro nem chegou e a família do Dida – filhos e cunhado –, que mora no Rio de Janeiro, bloqueou a conta no Banco do Brasil, por onde o dinheiro virá. Quando a peça foi para leilão eu disse a eles que metade do valor seria deles e metade seria do museu e mantenho a minha palavra. Agora, não sei por que tanta confusão”, lamentou o diretor do museu. Como, quando ou quanto? Ele afirmou que não sabe como ou quando o dinheiro vai chegar nem quanto é. “Entramos em contato com a agência Christie’s, há 15 dias, e me disseram que estava tudo certo, que o dinheiro chegaria dentro de 15 dias, só que já se passaram esses dias e não recebemos nada. Também não sabemos se o valor virá em cheque ou ordem de pagamento do Banco do Brasil ou mesmo quanto será. Só sabemos que é mais de R$ 200 mil e menos de R$ 300 mil. Não sabemos ao certo porque está em libras”, disse. Para resolver a questão, Lauthenay Perdigão informou que já acionou um advogado. “Ele está com toda a documentação e vai tentar uma conversa com a família do Dida. Vamos ver o que vai acontecer. Infelizmente chegou a esse ponto, mas vamos até o fim, pois quando a gente pega o bonde errado tem que ir até o fim da linha”, finalizou.

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