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Nº 5822
Esportes

Rom�rio: “O ideal seria jogar mil anos”

Rio de Janeiro - O fim da carreira, definitivamente, não  será um ritual prazeroso para  Romário. Aos 39 anos, o craque  vem demonstrando disposição nos treinos e muita vontade nos jogos, inclusive para fugir de sua característica principal, de finalizado

Por | Edição do dia 03/02/2005 - Matéria atualizada em 03/02/2005 às 00h00

Rio de Janeiro - O fim da carreira, definitivamente, não  será um ritual prazeroso para  Romário. Aos 39 anos, o craque  vem demonstrando disposição nos treinos e muita vontade nos jogos, inclusive para fugir de sua característica principal, de finalizador, e atuar mais recuado, servindo aos companheiros. No fim do treino da terça, no Vasco-Barra, o Baixinho reuniu a imprensa e falou da situação atual do time no Estadual e dele próprio, no seu último campeonato como profissional. Há seis meses sem marcar um gol em partida oficial e há quatro anos sem levantar uma taça - a última foi a Copa João Havelange, pelo Vasco - Romário disse que título e artilharia ainda estão nos seus planos. “Meu objetivo sempre é fazer o gol. Se dentro da partida puder ajudar com os passes, vai ser importante. O objetivo maior é o título, logo depois a artilharia. Mas não estou jogando só por isso. Jogo porque me sinto ainda muito capaz. Minha carreira é feita de títulos, mas terminar sem vencer não vai me diminuir”, lembrou. Tranqüilidade Sobre a falta de gols, Romário se mostrou tranqüilo. “Sem gols, nós atacantes não vivemos. Realmente não tenho marcado nos últimos jogos. Mas isso poderia ser preocupante em outros tempos, não hoje. A minha vida sempre foi fazer gol. Hoje, ainda busco isso, mas o mais importante é o Vasco”. O Baixinho confirmou presença contra o Volta Redonda e, ao contrário de outros tempos, procurou não alfinetar um dos eternos adversários pela artilharia. “Túlio sempre foi e será um artilheiro respeitado, mas não é Romário e Túlio, é Vasco e Volta Redonda, sem dúvida uma partida mais difícil do que as que fizemos até agora”, analisou. Há dez anos, quando defendia o Flamengo, Romário venceu a disputa como Túlio, então no Botafogo, pela artilharia e o título da Taça Guanabara. Hoje, vão se enfrentar outra vez. Sem as rusgas da época, em que Romário se julgou Deus e alertou para o ladrão que ameaçava o lar do rival. Hoje, Túlio defende a eternidade de Romário, que, segundo ele, não deveria parar nunca. Caso Túlio vença desta vez, o Volta Redonda, praticamente, assegura a sua vaga e afasta o Vasco das semifinais da Taça Guanabara. O Volta é líder do grupo A com sete pontos e o Vasco ocupa a terceira colocação com cinco pontos. A partida será na cidade de Volta Redonda, às 19h30 (horário de Alagoas). Futebol de areia Questionado sobre a possibilidade de disputar o primeiro Campeonato Mundial de futebol de areia reconhecido pela Fifa, em maio, o jogador demonstrou empolgação. “Se tiver em condições físicas, e se Deus quiser estarei, participarei com prazer”, afirmou. Ciente de suas limitações, Romário já fala em despedida após o Campeonato do Rio, mesmo que sua vontade não seja exatamente essa. “Infelizmente, a idade e a condição física não permitem. O ideal era poder fazer que nem Matusalém, jogar até mil anos, mas não dá. Quero aproveitar meu final aí e fazer o melhor”, concluiu o Baixinho.

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