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Dupla Fla-Flu n�o consegue segurar promessas

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Rio de Janeiro - Há uma dicotomia no discurso de valorização da prata da casa proposto pela diretoria do Flamengo. Embora o clube sonhe com a volta da produção de craques em grande escala, a cruel realidade do mercado aparece como uma preocupante vilã à intenção. Nos últimos anos, os clubes cariocas, sobretudo a dupla Fla-Flu, têm encontrado dificuldades para segurarem seus aspirantes a ídolos. O caso mais recente foi a venda do meia Ibson, de 21 anos, para um grupo de investidores portugueses por dois milhões de euros. A transação fez com que uma velha questão fosse levantada e discutida: as revelações são para usufruto dos próprios clubes do Rio de Janeiro ou servem apenas como moeda para equilibrar as contas, quase sempre no vermelho? Em um passado não muito distante, atuar nas potências futebolísticas da Cidade Maravilhosa era o sonho de qualquer jogador, e estes permaneciam, por muitas vezes, diversos anos jogando em um mesmo time. Contudo, o exemplo da revelação flamenguista, vendida depois de apenas 78 jogos pelos profissionais, é apenas um dentre tantos outros. No próprio Flamengo, perder ?pedras preciosas? gratuitamente, ou quase isso, tem se transformando em uma constante. Ídolo da torcida, Júlio César permaneceu quase cinco no clube. Entretanto, ao fim de seu compromisso, ele assinou contrato com a Internazionale de Milão sem gerar dividendos a quem o revelou. Sincero, o goleiro acha que a culpa não foi do rubro-negro. ?Financeiramente, não dá para competir com o mercado europeu. Mas essa facilidade de transferência foi criada pela Lei Pelé. Os clubes estão sendo prejudicados. Se não venderem quando surge a proposta, o jogador vai acabar saindo de graça. Foi o que aconteceu comigo?, disse Júlio. A opinião é compartilhada pela cúpula do futebol rubro-negro. Segundo os dirigentes, a situação foge ao controle e os empresários passaram a dominar a situação. ?Atualmente, infelizmente, o empresário manda mais do que o próprio clube. Tentamos renovar, mas se o jogador ou empresário não quiserem, já era. Não tem jeito?, explicou o vice-presidente de futebol Gérson Biscotto.

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