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CSA MUDA DE PLANOS E PODE ANUNCIAR DOIS REFORÇOS ESTA SEMANA
Após empate contra o Náutico, no Recife, diretoria azulina analisa necessidade de novas contratações para conseguir classificação


O empate por 0 a 0 contra o Náutico fez com que a diretoria do CSA mudasse sua análise na questão do elenco. Uma semana após o clube pensar em não contratar mais ninguém para a primeira fase da Série C, a ideia é anunciar pelo menos dois reforços até o fim desta semana.
Em contato com uma fonte dentro do Azulão, a Gazeta de Alagoas apurou que dois nomes podem ser anunciados até esta quarta (9). Inclusive, os dois nomes possivelmente são para o ataque, mesmo com as recentes contratações de Júnior Todinho e Ray Vanegas. Um dos reforços pode ser um centroavante. Um goleiro também está nos planos.
No clube, o empate trouxe uma sensação de renascimento na Série C, em busca da classificação.
HOMOFOBIA
O show nas arquibancadas dos Aflitos foi uma festa à parte no empate por 0x0 com o Náutico, nesse domingo (6), pela 16ª rodada da Série C. Porém, novamente foram relatados mais dois casos de homofobia, oriundos dos torcedores. Tanto a torcida alvirrubra quanto a azulina ecoaram cantos de teor homofóbico, segundo a súmula do confronto.
O relato foi feito pelo árbitro Dyorgenes José Pandovani (CBF/ES). Logo com 11 minutos do primeiro tempo, o juiz interrompeu o embate por conta de cantos vindos da torcida do Náutico, aparentemente, em uma provocação aos rivais Santa Cruz e Sport.
"Aos 11 minutos do primeiro tempo de partida, foi escutado da torcida do Clube Náutico Capibaribe, que se encontrava atrás de um dos gols, canto homofóbico da seguinte forma: rema, rema, remador, vou botar no c* tricolor. Se o tricolor for sapa*** vou botar na bunda do leão", diz um relato da súmula.
Após a paralisação do jogo, Dyorgenes foi em direção ao delegado da partida, onde informou o acontecimento. Logo após, os alto-falantes dos Aflitos pediram que os cantos fossem cessados e só daí a bola voltou a rolar.
Mas não parou aí. Com o fim do jogo, o quarto árbitro Diego Fernando Silva de Lima (CBF/PE) informou para Dyorgenes que o delegado ouviu gritos do mesmo teor partindo da torcida azulina, em direção aos alvirrubros.
"Fui informado pelo 4º árbitro da partida, que o delegado do jogo ouviu da torcida do CSA, que se encontrava ao (sic) de um dos gols, um cântico homofóbico que mencionava a palavra "no c* da barbie", fato este que não foi observado por mim", relatou.
O caso pode gerar até punições para os dois clubes, pois a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem adotado uma postura mais combativa aos casos de racismo e de homofobia nos estádios. Em fevereiro deste ano, a CBF adicionou a situação em seu regulamento geral. O caso pode resultar em punição com advertência, multa no valor de até R$ 500 mil, vedação de registro de atletas e perda de pontos, em casos mais graves.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.