Ednilton Lins, do CRB: “Eu agi pela emo��o”

“Foi um momento movido pela paixão. Eu agi pela emoção”, justificou o dirigente Ednilton Lins, à GAZETA, ao reconhecer que errou. “Mas quero deixar claro que algumas pessoas se aproveitaram daquele momento para dizer que eu estava dando instruções aos jogadores, como um insulto ao técnico Geraldão”, completou. “Vamos apurar o caso Ednilton e ver por que o 4º árbitro não tomou nenhuma atitude e, dependendo da gravidade do caso, ele será punido”, disse o presidente da Ceaf, Sebastião Canuto. “É do conhecimento de todos que só podem ficar no campo as pessoas credenciadas da comissão técnica dos clubes e os jogadores reservas”, acrescentou. Canuto não estava presente ao jogo, mas soube do fato pela imprensa, que transmitia a partida. “Até me surpreendi com o dirigente Ednilton Lins, pois no jogo da rodada anterior [CSE x CRB, em Palmeira dos Índios, no dia 19 de fevereiro], ele fez a mesma coisa. Ou seja, ficou no campo sem permissão. Em um dado momento, ele e o técnico do CSE chegaram a discutir e considero que o árbitro daquele jogo, Sivaldo Silva, foi até camarada, pois deveria ter expulsado os dois”, afirmou Canuto. O regulamento determina que o árbitro, os árbitros assistentes e o reserva que não cumprirem o disposto no artigo ficam preventivamente suspensos pelo prazo de 30 dias, independentemente da punição que venha a ser adotada pela Ceaf. Sobre isso, o presidente da FAF, Raimundo Soares, disse que três horas antes de qualquer partida, a entidade se faz presente ao estádio, dando apoio logístico aos árbitros e aos envolvidos com o espetáculo. “A gente faz a nossa parte, agora, também cabe aos dirigentes cumprir o regulamento. Já conversamos com o Canuto sobre essa questão e as providências serão tomadas”. Relatórios Um fato interessante é que no relatório da arbitragem, escrito de próprio punho, do jogo CSE x CRB, no item referente à conduta dos dirigentes e funcionários dos clubes consta a seguinte observação, no caso a respeito dos funcionários do CSE: “Ruim, pois não havia gandulas para a prática de reposição de bolas”. Em relação à conduta do CRB, a observação da arbitragem é simples e objetiva: “Boa”. Significa dizer que o árbitro não colocou no relatório o comportamento de Ednilton Lins. Já no relatório do jogo CRB x Dimensão, também no item referente à conduta de dirigentes e funcionários, a arbitragem pôs de uma forma mais simples e objetiva ainda: “Boa”. Os documentos abaixo comprovam o fato. (WS/FM)