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FELIPE FEIJÓ APONTA DESAFIOS PARA SE LEVAR TORCEDORES AOS ESTÁDIOS

Presidente da FAF afirmou que atualmente o futebol compete com vários tipos de entretenimento

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Felipe Feijó também falou sobre o interesse de se melhorar a infraestrutura da base
Felipe Feijó também falou sobre o interesse de se melhorar a infraestrutura da base -

Em entrevista exclusiva à Gazeta de Alagoas, na última quinta-feira (19), quando houve a realização do Fórum do Futebol Alagoano, no Auditório do Estádio Rei Pelé, o presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Felipe Feijó, comentou sobre os desafios para fazer com que os jovens torcedores vão aos estádios e criem uma identificação com os clubes alagoanos, principalmente os do interior do Estado.

Segundo ele, trata-se de uma tarefa árdua, um desafio imenso e, conforme avalia, isso se dá pelo fato de o futebol competir com diversos tipos de entretenimento.

“É um desafio gigante. Hoje concorre-se com tudo. Futebol concorre com Netflix, com videogame, até com campeonatos do mundo todo. Hoje você liga a TV e quer ver o campeonato saudita, vai estar passando. E acho que esse é o desafio que tem que ser enfrentado, e que começou desde quando o campeonato passou a ser televisionado, já que no passado não era", disse.

Ele destacou que quando se começa a tirar os campeonatos de outros centros e dar espaço para o local, gera-se um valor. Por isso, segundo Feijó, é preciso criar uma forma para que os clubes possam se manter. "O que os clubes recebiam há dez anos hoje é cem vezes maior. Então, o objetivo final é criar esse ecossistema onde os clubes consigam se sustentar, até porque no final não dá para bancar todas as despesas. Os clubes precisam se viabilizar de alguma maneira".

"Evidentemente que nós sabemos que as prefeituras são as maiores patrocinadoras dos clubes do interior. Muito em decorrência da nossa condição econômica é que não temos o interior tão desenvolvido. Não podemos fazer uma comparação com São Paulo, que tem uma indústria em cada esquina. Mas, hoje em dia, foram se criando novas receitas. Camisa que não valia nada outro dia, hoje já consegue gerar uma receita", acrescentou.

“NO CONFORTO DO SOFÁ”

O mandatário da FAF reforçou que, realmente, o maior desafio de todos é: levar os torcedores aos estádios de futebol. "Talvez, o maior desafio ainda seja trazer o torcedor para o estádio, porque não vamos conseguir destruir e construir estádios novos. Fazer arenas e trazer mais conforto para o torcedor. E é como falamos no início, às vezes a torcida prefere assistir aos jogos no conforto do sofá de casa do que ir ao estádio. Então, estamos tentando gerar mais recursos, passar o dinheiro para os clubes, para eles criarem times melhores e termos jogos mais interessantes", observou o mandatário da Federação Alagoana.

“ABRAÇAR A BASE”

Na ocasião, Felipe Feijó também falou sobre o interesse de se melhorar a infraestrutura da base, tanto no feminino como no masculino, e até a possibilidade de se criar uma categoria sub-13. Ao ser perguntado sobre como a FAF acha que o torcedor deve se portar justamente nessa relação entre torcedor, clube, base, time profissional, ou seja, fazer o torcedor do clube abraçar a base e poder ter mais identificação com aqueles jogadores que vêm das categorias de base e vão para o time profissional, Felipe Feijó disse que o clube é um só, independentemente de ser da base ou do profissional. Portanto, na opinião do dirigente, devem se abraçadas todas as categorias.

“Acho que isso não pode existir, pois o clube é um só. Não há essa separação de sub-20, sub-17, base, profissional. Eu acho que essa aproximação [todas as categorias/torcedor] deve ser feita como na final do Alagoano Sub-20 deste ano, quando houve uma quantidade de interações com os atletas do time sub-20. O garoto que fez o gol [Miqueias, do CSA] deu uma entrevista a uma emissora de TV, depois para outro veículo. Então, isso é valorização, faz com que ele [atleta] seja conhecido pelo torcedor", observou.

Feijó disse também que é preciso se criar uma cultura de visibilidade dos torcedores para que haja uma identificação deles com os jogadores de sua equipe.

"Não tenha dúvida que, durante o Alagoano ou a Copa Alagoas, por exemplo, o torcedor do CSA vai cobrar do goleiro, que foi bem demais nas finais, jogue. Ele vai cobrar que o lateral esquerdo jogue. Então, se a gente criar essa cultura de visibilidade de consumir, você começa a criar uma identificação do torcedor com os atletas da base. É importante que se conheça quem é a grande promessa. Hoje o torcedor consegue ver qualquer competição que ele queira. Em Alagoas, por exemplo, atualmente se gera imagem de 100% das competições que a FAF promove", encerrou o presidente da Federação.

* Sob supervisão da editoria de Esportes.

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