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Projeto ol�mpico est� parado em Bras�lia

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DA EDITORIA DE ESPORTES Alagoas poderia ser hoje um dos grandes pólos do esporte nacional e até internacional se um projeto de concepção grandiosa não adormecesse em berço esplêndido nos gabinetes do Ministério dos Esportes, em Brasília. Trata-se da tão propalada pista olímpica do Estádio Rei Pelé, iniciativa que pretendia tornar o local num amplo complexo esportivo. O projeto previa, entre outras coisas, quadras de vôlei, futevôlei , futsal, basquete, além da construção de uma moderna piscina olímpica, de 50 metros de comprimento. A pista estava orçada na época, em 2003, em R$ 1 milhão e 700 mil reais e contaria com uma contrapartida de 10% do governo do Estado. O projeto previa ainda aproveitar todos os jovens carentes no entorno do Rei Pelé para a prática esportiva, tendo como objetivo a inclusão social. Toda essa idéia foi concebida, há dois anos, pela Secretaria Executiva de Esporte e Lazer (Seel), por meio do então secretário e hoje vereador por Maceió Eduardo Canuto (PV), que chegou a protocolar todo o projeto pessoalmente com o ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz (PCdoB). “Infelizmente, depois de minha saída da Seel para me candidatar a um cargo eletivo representando o segmento esportivo, o meu sucessor não deu continuidade aos projetos que estavam praticamente encaminhados, mas que precisavam de acompanhamento”, disse Canuto, ao se referir ao sucessor Dário Magalhães, exonerado pelo governador Ronaldo Lessa, para dar lugar a José Mário, que também deixou o cargo há duas semanas. Consultor Canuto chegou a trazer para Alagoas o consultor e professor Walter Carniato, renomado em todo o país e responsável pelas pistas implantadas no Estádio Mangueirão, hoje uma das mais modernas do mundo, em Belém do Pará, e nas cidades européias de Roma e Barcelona. Já Dário Magalhães foi acusado por vários representantes de federações e associações de fazer uma gestão conturbada, não dar prosseguimento a diversos projetos, entre eles o da pista olímpica. Além disso, ainda comprou uma briga com a maioria das federações e associações que chegaram a fazer um movimento para derrubá-lo. “Ele foi o responsável pela exoneração de grande parte da equipe técnica da Seel, que tinha um trabalho sério pelo esporte”, disse um representante de federação que pediu para não revelar o nome. A GAZETA tentou ouvir o ex-secretário da Seel, Dário Magalhães, mas seus telefones celulares estavam desligados. ### Comunidade esportiva cobra prosseguimento de projetos Um outro projeto que a comunidade esportiva se ressente de não ter tido prosseguimento na gestão de Dário Magalhães é o da Comunidade da Grota do Estrondo, na Pitanguinha, chamado “Projeto Handebol na Comunidade”, implantado pela Seel na gestão de Canuto. Segundo a técnica Henriette Lins, membro da Federação Alagoana de Handebol, “pelo que tenho conhecimento, está tudo parado, infelizmente”, disse a treinadora. Um dos insatisfeitos com a falta de prosseguimento do projeto da pista olímpica é o professor de Atletismo Maebal de Vasconcelos, que atualmente treina garotos pobres no Estádio Rei Pelé. “Participei da concepção da pista olímpica e cheguei a conhecer a de Belém do Pará, que é um orgulho para o povo daquela cidade, que recebe freqüentemente eventos internacionais. Seria bom que esse projeto de Alagoas saísse do papel”, lamentou Vasconcelos. “Espero que com o novo secretário nós possamos retomar a parceria de antes e continuar os projetos. Pelo menos, o Marlon Batista já deu sinais positivos para uma reaproximação com as federações e associações esportivas ao promover um café da manhã essa semana”, comemorou o presidente da União das Federações e Associações Esportivas (Unifas), Reginaldo Gomes, que congrega 27 instituições. ### Pista está longe das condições ideais A pista de atletismo do Estádio Rei Pelé está longe das condições ideais para a prática esportiva e a realização de competições. Por ser de pó de brita, o local dificilmente receberá, um dia, campeonatos regionais ou nacional, como o brasileiro. Mesmo nestas condições, o professor Maebal de Vasconcelos, membro da Federação Alagoana de Atletismo, desenvolve um projeto social com crianças carentes. A pista do Rei Pelé tem pouco mais de 300 metros. Para a construção da pista olímpica, o tamanho oficial é de 400 metros, o que obrigaria a redução do campo de futebol do Trapichão. Polêmica Na época em que foi divulgado o projeto de construção da pista olímpica, há dois anos, parte da imprensa esportiva e vários clubes de futebol locais foram contra a sua construção. Todos alegaram que a diminuição do campo iria prejudicar a prática do futebol. O campo, que tem hoje 110 metros de comprimento por 75 metros de largura, teria sua dimensão reduzida, passando para 90 metros de comprimento por 65 de largura. A mudança ocorreria por causa da circunferência da pista, que para ter o tamanho oficial, determinado pela Federação Internacional de Atletismo, avançaria alguns metros sobre o gramado. O material usado para a pista olímpica do Trapichão seria o mesmo utilizado na existente em Belém do Pará, que é sintético e um dos mais modernos existentes hoje. Além da pista, seria melhorada a parte dos saltos e lançamentos.

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