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CRB SOMA PREJUÍZO ACIMA DE R$ 230 MIL EM JOGOS EM CASA
Nas 19 partidas que fez no Estádio Rei Pelé, Galo obteve lucro em quatro oportunidades apenas


Os danos causados pelo não acesso do CRB para a Série A do Brasileirão atingem diversos departamentos no clube. Um deles é que a campanha deste ano voltou a demonstrar um problema comum nas últimas temporadas: a renda baixíssima em jogos como mandante. Só na Série B de 2023, o Galo somou um prejuízo orçado em R$ 238.638,23 em bilheteria.
Para esse levantamento, a Gazeta de Alagoas buscou todos os boletins financeiros das partidas do time regatiano no Estádio Rei Pelé. E o grave é que em raríssimas oportunidades o CRB teve algum tipo de lucro em bilheteria.
O que consta nos boletins financeiros divulgados pela CBF são todos os gastos e ganhos no dia da partida. Nisso, estão inclusos a renda da bilheteria, ingressos vendidos, despesas operacionais, alugueis, entre outros.
O curioso é que dos 19 jogos que o Galo fez dentro de casa, em apenas quatro houve algum tipo de lucro (receita superior às despesas). E aconteceram em partidas específicas: CRB 2x0 Sport, CRB 0x0 Botafogo-SP, CRB 6x0 Vitória e CRB 1x0 Guarani.
Somando esses quatro confrontos, o CRB teve lucro de R$ 254.109,76. Só na partida contra o campeão Vitória, quase R$ 200 mil foram arrecadados. Mais de 14 mil pessoas compareceram ao Trapichão naquele jogo.
Os lucros seriam bem-vindos se não fossem os outros duelos. Nas outras 15 partidas como mandante, o Galo somou um prejuízo impressionante de quase meio milhão. Com exatidão, os valores batem R$ 492.747,99. O maior deficit do ano foi em CRB 2x0 Tombense, justamente na penúltima rodada, quando o Regatas já não possuía mais chances de acesso.
A situação pesa nos cofres regatianos. Sem uma presença média boa, os números seguem baixos. Em 2023, apenas em duelos em que o público geral ultrapassou a marca de 7 mil pessoas, foi quando o CRB obteve algum tipo de superavit.
Apesar de a venda de ingressos ser um dos fatores, não é o único. Um valor que é colocado em evidência é o do aluguel do Estádio Rei Pelé, que não varia. Para utilizar o estádio, o Galo paga R$ 8.000,00 por jogo.
* Sob supervisão da editoria de Esportes.