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Sele��o: nova temporada de neg�cios

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São Paulo - Formar uma seleção nacional com jogadores que atuam no Brasil é obra de ficção na atualidade. Não apenas pelo fato de muitos dos melhores atletas nacionais atuarem em clubes europeus, mas por um fato que se tornou rotina há pelo menos uma década. Basta um jogador brasileiro chegar à seleção que logo é negociado com um time estrangeiro. “É impossível montar uma equipe só com quem joga aqui. No ano passado, oito ou nove jogadores que estavam na seleção foram para a Europa. E no meio deste ano, mais cinco ou seis irão”, disse o técnico Carlos Alberto Parreira antes da partida com a Guatemala, quando chamou apenas atletas que estão no País para defender o Brasil. A seleção virou mesmo uma vitrine, uma eficiente maneira de exposição de jogadores. O grupo relacionado para o amistoso com os guatemaltecos é um exemplo. Dos 23 jogadores, 11 (Cicinho, Gabriel, Leonardo, Fabiano Eller, Glauber, Carlos Alberto, Fernandinho - cortado por contusão - Josué, Marcinho, Grafite, Fernandão e Fred) foram chamados pela primeira vez. Deles, pelo menos quatro (Cicinho, Gabriel, Fernandinho e Fred) já interessavam a clubes europeus. Interesse que certamente vai aumentar com a valorização que ter o nome lembrado por Parreira representa. Além deles, já está certo que o zagueiro Anderson (duas convocações) vai trocar o Corinthians pelo Benfica no meio do ano e que Robinho (sete convocações) está a caminho do Real Madrid. Cicinho é opção do Porto. E o próprio lateral garante ter propostas da Alemanha, Itália e Inglaterra (dificilmente iria para o futebol inglês, pois não tem os seis jogos pela seleção que o país exige para liberar a contratação de um atleta estrangeiro). Gabriel sonha com a França. Tanto que, no seu contrato com o Fluminense, colocou uma cláusula que o libera imediatamente em caso de proposta do Velho Continente. O cruzeirense Fred também interessa a vários clubes europeus, entre eles o clube ucraniano Shaktar Donetsh, para onde o Atlético Paranaense está mandando Fernandinho. ESSES FICAM Dos convocados, certamente permanecerão no Brasil os goleiros Marcos e Rogério Ceni e Romário, que está encerrando a carreira. Ricardinho também não demonstra intenção de voltar à Europa. Em relação aos outros, não será surpresa se saírem, nem mesmo os corintianos Gustavo Nery, Roger e Carlos Alberto, que acabam de ser repatriados para o time paulista. Eles não querem deixar o Brasil antes da Copa de 2006, nem o Corinthians deseja que saiam. Mas no futebol de negócios nada é para sempre. ### Grafite é, de novo, alvo de racismo O atacante Grafite, do São Paulo, voltou a ser alvo de racismo. Desta vez, a ofensa não veio de um jogador argentino ou de uma torcida rival. Antes do início do jogo amistoso contra a Guatemala, em que defenderia a seleção brasileira, na noite da quarta-feira passada, em São Paulo, uma banana com os dizeres “Grafite - macaco” foi atirada ao gramado. Após o incidente em que acusou o zagueiro Leandro Desábato, do Quilmes, de racismo - o que fez com que o argentino ficasse 37 horas preso em delegacias de São Paulo-, o atacante são-paulino havia sido vítima de faixas e manifestações racistas da torcida do clube argentino. Grafite se disse “chateado” com as faixas, que diziam “Grafite - Branca de Neve” e “Grafite - macaco”. No domingo, durante o jogodo São Paulo contra o Flu no Maracanã, faixas em apoio ao atacante foram estendidas. Esta semana, em que esteve reunido com a seleção brasileira, Grafite disse que não gostaria de fazer comentários sobre o assunto.

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