Esportes
Jogadores entram em campo de olho na Europa

São Paulo - Já foi a época em que jogadores disputavam o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão para defender seu clube e lutar pelo título do principal torneio do futebol nacional. É cada vez maior o número de atletas utilizando a competição como meio de chegar ao tão sonhado euros europeus. O Brasileirão virou uma vitrine de exportação, principalmente, para o futebol europeu e de outros cantos do mundo, como Japão, Coréia e Arábia. A visão é ganhar em euro, moeda da comunidade européia, ou em dólar, moeda forte dos norte-americanos. Muitos clubes que disputam a Série A, nesta temporada, já perderam inúmeros jogadores de seu elenco para o futebol dos euros e dólares. Exemplos não faltam: Santos, três (Léo, Deivid e Robinho), Fluminense (Fabiano Eller) e São Paulo (Luisão). O assunto da falta de amor à camisa do clube e fidelidade a um bom contrato no exterior já vem sendo alvo de crítica da imprensa esportiva brasileira. Muitos jogadores, segundo os especialistas, entram em campo com a meta de mostrar um bom jogo para assim despertar o interesse de algum clube do exterior. Mais um Esta semana o alvo do futebol europeu é o artilheiro do Cruzeiro Fred. Duas ofertas surgiram para o goleador da Raposa. A última delas do clube francês Nantes, que já ofereceu dois valores pelo jogador, mas ambos foram recusados pelo time mineiro. A diretoria do Cruzeiro recusou 6,5 milhões de euros por 75% dos direitos econômicos do atleta. O clube permaneceu irredutível quanto ao valor de 10 milhões de euros por sua parte nos direitos econômicos de Fred. O jogador é dono de 15% e o Feyenoord, da Holanda, detém 10%. Robinho Robinho é o maior exemplo da ganância dos jogadores brasileiros em atuar na Europa. A novela Real x Santos continua. Ontem, a CBF enviou resposta à federação espanhola de futebol declarando impossibilitada de remeter o certificado de transferência internacional para a contratação de Robinho.