São Paulo - Se não houver nada de anormal até o dia 23, Cafu e Ronaldo entram para um grupo restrito. Ambos farão parte da confraria de jogadores que defenderam a seleção em pelo menos três Mundiais. O que é uma façanha. Nas 16 edições já realizadas do torneio, desde 1930, apenas 25 atletas resistiram ao tempo e provaram ser bons de Copa. Castilho, sempre fiel ao Fluminense, foi reserva em 50, em 58 e em 62. No Mundial de 54, na Suíça, participou das três partidas do Brasil. Leão amargou a reserva em 70 e em 86, mas foi titular em 74 e em 78. Nilton Santos esteve no grupo que disputou a Copa de 50, mas ficou no seu canto, apenas à sombra de Bigode. Nas três seguintes, foi o dono da posição, para consolidar o apelido de “Enciclopédia do Futebol”. Algo semelhante ocorreu com Djalma Santos. Primeiro, curtiu banco em 54. Em 58, entrou só na decisão, no lugar de De Sordi, mas jogou tanto que foi escolhido como lateral da Copa. Em 62, foi titular de cabo a rabo. Já em 66, ainda disputou os dois primeiros jogos, antes de ceder lugar para Fidélis. Pelé apareceu para o mundo no jogo contra a União Soviética, o terceiro do Brasil na Copa de 58. Logo se transformou em “Rei do Futebol”. Mas a majestade brilhou pouco em 62 (contundiu-se na segunda partida) e em 66 (jogou a estréia, ficou fora do duelo com a Hungria e foi “caçado” contra Portugal). O auge veio em 70, quando comandou o time tricampeão mundial. A lista dos que foram a três Copas é recheada de nomes ilustres - de Didi a Zico e Muller, passando por Mauro, Bellini, Garrincha, Rivellino, Zito, Edu e Jairzinho.