Damista defende intera��o do jogo com as artes pl�sticas

| DA EDITORIA DE ESPORTES O médico alagoano Miguel Cavalcante da Silva vai comemorar, em 2006, 50 anos de dedicação ao jogo de damas, segundo ele, “o esporte de inteligência”. Ele ostenta os títulos de campeão de damas de Alagoas, de 1958 a 1974, e de campeão carioca, diversas vezes, de 1975 a 1999. Miguel tornou-se famoso no mundo das damas porque é considerado o maior compositor do jogo no mundo. Tem seis livros publicados, é autor de cerca de 2.100 jogadas artísticas e autor de cerca de 700 jogadas, ainda não divulgadas. “As jogadas empolgam o jogador, diante do nível de raciocínio e improvisação empregados, levando-o a alternar momentos de suspense e seriedade”, explica. Sobre isso, em entrevista à Gazeta, ele defende que haja uma interação entre as belezas do jogo de damas e as das artes plásticas. “Sugerimos que alguém se interesse numa exposição envolvendo todos os momentos da solução de determinadas jogadas damísticas, até o desfecho, o que se constituiria em uma atitude inédita no mundo”, exagera, garantindo que já empatou oficialmente com nomes mundiais, como Alexander Chvartsman, Iser Kuperman, V. Gabrielian, Vladimir Vigman e R. Letchinsk. Para Miguel, o jogo de damas é um salutar passatempo que serve para levarmos a imaginação a ser companheira da criatividade. “É preciso que a população mergulhe nas belezas do jogo de damas, desde que desperte para esse mundo mágico e curioso, tentando aprender o código algébrico e as jogadas básicas. Para isso estamos precisando de uma elite à altura das necessidades, que tenha planos de desenvolver o jogo na sociedade”, declara. Miguel voltou a residir em Maceió em 2000. É considerado o titular do tabuleiro número 1, em Alagoas, para fins de competições. “Mas há um sério entrave na expansão do jogo de damas em Alagoas, uma vez que os damistas só se preocupam em jogar e não em atrair novos aficionados e levar o esporte mental às escolas”, critica.