Apoio: eterno problema do atletismo brasileiro
São Paulo - O atletismo brasileiro, o segundo esporte que mais medalhas olímpicas deu ao País, ainda não consegue planejar um ciclo olímpico, de quatro anos, sem sobressaltos. Nem o orçamento de R$ 6,5 milhões deste ano deixa tranqüila a Confederação Bra
Por | Edição do dia 12/05/2002 - Matéria atualizada em 12/05/2002 às 00h00
São Paulo - O atletismo brasileiro, o segundo esporte que mais medalhas olímpicas deu ao País, ainda não consegue planejar um ciclo olímpico, de quatro anos, sem sobressaltos. Nem o orçamento de R$ 6,5 milhões deste ano deixa tranqüila a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Tranqüila sim, mas apenas por um ano. A preocupação é com o futuro, afirma Roberto Gesta de Mello, presidente da entidade. A maioria dos contratos (com exceção da Olympikus) é de curto prazo, por uma temporada, e com empresas vinculadas ao Estado, que podem ter novos comandos e filosofias com mudanças políticas. A maior parte das verbas está vinculada a entidades que podem sofrer influência das eleições majoritárias. O atletismo renovou contrato com a TV Globo, após renegociar valores por R$ 1,3 milhão, mas só para 2003. E ainda tem, entre os seus patrocinadores privados, a Olympikus, de R$ 490 mil, e a Xerox esta para a manutenção do Centro de Treinamento de Manaus (Cetam), de R$ 300 mil. Orçamento O restante do orçamento vem de entidades governamentais: R$ 2 milhões da Caixa Econômica Federal, R$ 1,2 milhão da Lei Piva (recursos das loterias), R$ 500 mil do Ministério de Esportes e Turismo e R$ 650 mil do governo do Estado do Pará. Gesta acha fundamental manter a ajuda aos Programas para Atletas de Alto Nível e Jovem Talentos, assim como para as viagens internacionais. A delegação brasileira está na Guatemala para a disputa do Ibero-Americano de Atletismo, neste fim de semana.