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Nº 5759
Esportes

Mancha Azul recorre de decis�o do MP

| FERNANDA MEDEIROS Repórter A Torcida Organizada Mancha Azul, do CSA, entrou com pedido de suspensão de liminar para derrubar a decisão do Ministério Público Estadual, que proibiu as atividades das organizadas - no caso Mancha Azul e Comando Vermelho (

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| FERNANDA MEDEIROS Repórter A Torcida Organizada Mancha Azul, do CSA, entrou com pedido de suspensão de liminar para derrubar a decisão do Ministério Público Estadual, que proibiu as atividades das organizadas - no caso Mancha Azul e Comando Vermelho (do CRB). A torcida deu entrada no pedido no dia 12 de novembro. Já no dia 17, a facção azulina apresentou a defesa com vasto material (fitas cassetes e DVD). O juiz Jerônimo Roberto Fernandes, que acatou a liminar do Ministério Público, deu vistas dos autos para o MP se pronunciar sobre a defesa, cujo prazo é de dez dias. O material da defesa foi entregue ao MP no dia 7 deste mês. “A Torcida Organizada Comando Vermelho não contestou. Já a Mancha Azul, não só contestou como juntou elementos novos ao processo, como material de gravação. Então, demos vistas dos autos, em atenção ao devido processo legal”, explica Jerônimo Roberto. Segundo ele, a partir daí a decisão poderá sair a qualquer momento. “Caso eu me sinta habilitado a dar a sentença, será dispensada a audiência de instrução”, declarou, acrescentando que nesse caso seria um julgamento antecipado da lide. As duas facções - Mancha Azul e Comando Vermelho - estão com as atividades suspensas há 46 dias. A decisão de suspender as atividades de ambas foi um pedido do Núcleo de Defesa do Consumidor do Ministério Público, baseado em relatos de representantes da Polícia Militar, da Federação Alagoana de Futebol (FAF) e de matérias jornalísticas veiculadas na imprensa alagoana, sobre os atos de vandalismo praticados por membros das duas facções, após o amistoso de masters entre CSA x CRB, no dia 24 de setembro, no Rei Pelé. Fitas cassete e DVD Na defesa apresentada pela Mancha Azul, por meio do advogado contratado pela facção, Marcelo Vieira, constam documentos, fitas cassete e DVDs, com entrevistas em emissoras de rádio e TV, de representantes da Polícia Militar e de promotores do MP. Também constam entrevistas do promotor de Justiça de São Paulo Fernando Capez, que ganhou fama por ter combatido as facções organizadas. Capez solicitou a extinção da Mancha Verde, do Palmeiras; Tricolor Independente, do São Paulo; e Gaviões da Fiel, do Corinthians. Dessas, apenas a Gaviões recursou e ganhou. As outras duas mudaram de nome e se chamam, atualmente, Mancha Alviverde e Independente (sem a denominação “Tricolor”). “Ele pediu a extinção das torcidas Mancha Verde e Independente por causa do confronto ocorrido, há dez anos, na final da Copa São Paulo de Juniores, entre Palmeiras e São Paulo. Porém, em entrevista veiculada no site www.terra.com.br, no dia 8 de janeiro deste ano, ele diz: ‘mortes como a de Washington [torcedor morto nesse confronto] são problemas de segurança pública e fogem da responsabilidade das torcidas organizadas. São marginais que cometem crime durante os dias de jogos. É mais uma questão de segurança pública do que de fiscalização das organizadas’. Por isso, em nossa defesa, nos baseamos, também, nessa declaração dele”, afirmou o presidente da Mancha Azul, Marcelo Rocha. “Isso prova que a extinção das organizadas não é a solução para acabar com a violência nos estádios. O que se deve fazer é punir os culpados, como ocorreu no Rio de Janeiro, onde os responsáveis pelo confronto das torcidas Fúria Jovem, do Botafogo, e Jovem, do Flamengo, foram presos, mas as duas facções não foram extintas”, emendou o presidente. Por isso, ele acredita que a Mancha Azul poderá reverter a decisão da Justiça. “Estamos [Mancha e Comando] sendo prejudicados porque fechamos nossa sede e fomos proibidos de comercializar nossos produtos [camisa, boné, calção e quaisquer materiais alusivos à torcida]. Sem vender nosso material, não temos dinheiro para pagar o aluguel da sede, bem como o fornecimento de água e de energia elétrica”, reforçou o dirigente da Mancha.

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